Da France Presse
Mais de 200 civis que fugiam dos combates no Sudão do Sul se afogaram nesta terça-feira (14) quando o barco no qual viajavam afundou, indicou à AFP Philip Aguer, um porta-voz do exército.
"Há entre 200 e 300 pessoas (afogadas), incluindo mulheres e crianças. O barco estava sobrecarregado", declarou o porta-voz militar Philip Aguer. "Todos se afogaram. Estavam fugindo dos novos confrontos em Malakal", a capital do estado petroleiro do Alto Nilo, acrescentou.
"Há combates dentro e nos arredores de Malakal", declarou o chefe de operações humanitárias da ONU, Toby Lanzer, estimando que o número de refugiados na base da ONU na zona passou de 10 mil para 19 mil pessoas.Em Malakal, assim como em outros pontos do país, os rebeldes estão realizando um ataque para tentar tomar a cidade.
O exército indicou, por sua vez, que há intensos combates no sul de Bor, a capital do estado de Jonglei (leste), o centro dos confrontos desde meados de dezembro. O exército tenta retomar o controle da cidade, nas mãos dos rebeldes.
"Estamos avançando em direção a Bor, ocorreram combates muito intensos na noite de segunda-feira", declarou Aguer. O porta-voz do exército negou, no entanto, que os rebeldes tenham tomado o porto de Mongalla, a 50 km de Juba, a capital sul-sudanesa, na rota em direção a Bor.
Os combates, provocados pela rivalidade entre o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar, destituído em julho e agora líder dos rebeldes, já deixaram mais de 400.000 deslocados e mais de 1.000 mortos, segundo a ONU.
Kiir acusa Machar e seus simpatizantes de terem tentado dar um golpe de Estado. Riek Machar nega esta acusação e acusa o presidente de querer eliminar seus rivais.
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