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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Diretor do Ibope diz que um terço do eleitorado ainda não optou por ninguém

Montenegro tem errado muito nas previsões, como comprova a reportagem ao lado, concedida para Veja antes das últimas eleições presidenciais. 

A entrevista a seguir é de Carlos Augusto Monteiro, presidente do Ibope. Ele falou para o jornal Brasil Econômico sobre a campanha eleitoral deste ano e as perspectivas de cada candidato. Leia tudo:

Um dos principais especialistas em pesquisa de opinião do país, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, disse que 2014 é um ano “que vai passar rápido” e que a população só vai começar a dar atenção às eleições depois da Copa do Mundo. “Antes disso, ninguém vai falar de política”, afirma Montenegro, em entrevista exclusiva ao Brasil Econômico (...) Em relação à eleição de outubro, Montenegro diz que ainda é prematuro falar em favoritismo da presidenta Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas do Ibope de intenção de votos. “A presidenta tem o desgaste de quem está no governo, mas tem também a caneta de quem está lá, em aparição constante”, analisa. Nos estados, ele acredita que as eleições serão muito difíceis e ainda estão imprevisíveis.

Como o sr. está vendo o cenário da pré-eleição presidencial?
Após as manifestações que ocorreram no meio de 2013, o fim do prazo para criação de novos partidos e filiação partidária, e ainda um fato político importante — que foi a adesão de Marina Silva ao PSB, já que não conseguiu a legalização de seu partido em tempo hábil —, notamos hoje que um terço do eleitorado ainda não optou por ninguém. Esse terço talvez não esteja satisfeito com as coisas, talvez esteja esperando a proximidade da campa- nha para definir seus candidatos. A verdade é que o brasileiro não gosta muito de política. Se o voto no país não fosse obrigatório, teríamos eleições similares às que tivemos no Chile agora — com algo em torno de apenas 40% votando.

Como está o conhecimento do eleitor em relação aos candidatos à presidência da República?
Temos hoje o Eduardo Campos (governador de Pernambuco, PSB) e o Aécio Neves (senador, PSDB-MG), que não são conhecidos por toda a população. Por outro lado, temos a presidenta Dilma, com o desgaste de quem está no governo, mas também a caneta de quem está lá, em aparição constante. Acredito que 2014 vai passar muito rápido. Daqui a dois meses, temos o Carnaval; mais dois meses, teremos a Copa do Mundo; três meses depois, as eleições; mais dois meses, as festas de fim de ano novamente. Isso é o que vai pautar o ano. Antes do fim da Copa, ninguém vai falar de política, com exceção da imprensa, que é obrigada a encontrar fatos e noticiar o dia a dia. O eleitor só vai começar a se ligar a partir do dia 15 de julho, dois dias depois da final da Copa.“Antes do fim da Copa, ninguém vai falar de política, exceto a imprensa, que é obrigada a noticiar o dia a dia. O eleitor só vai começar a se ligar em 15 de julho, dois dias depois da final”

Qual vai ser o tema dominante das campanhas no nível federal?
As eleições no Brasil têm se definido muito em função da economia. Tivemos quase uma década com Fernando Henrique Cardoso, que arrumou a vida do brasileiro com o fim da inflação, algumas privatizações importantes, estabilização e respeito do mercado pelo país.
CLIQUE AQUI para ler mais. A entrevista é bastante longa.

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