O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou nesta quarta-feira (22) os ministros Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que assumiram interinamente o comando da instituição, por não terem assinado o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão. Barbosa negou os recursos da defesa do parlamentar no último dia 6, antes de sair de férias. Ele comentou a decisão da ministra Cármen Lúcia. “O presidente do STF responde pelo tribunal no período em que estiver lá, à frente. Responde sobretudo a questões urgentes. Se é urgente ou não é avaliação que cada um faz", afirmou. Sem citar nomes, o presidente do Supremo disparou que se “estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão". Para a defesa de João Paulo Cunha e para integrantes do STF, o regimento interno da instituição obriga que o relator do processo, no caso Joaquim Barbosa, seja o responsável pela assinatura do mandado de prisão do condenado. Contudo, Barbosa defende que o mandado poderia ser assinado por qualquer ministro que o substituísse. “Eu assinei, terminei a decisão pouco antes das 18h. Só depois de divulgada é que se emite o mandado e se fazem as comunicações à Câmara dos Deputados e ao juiz da Vara de Execuções. Nada disso é feito antes da decisão. Portanto eu não poderia ter feito isso, porque já estava voando para o exterior", argumentou ele, que afirmou que por causa da postura dos ministros, João Paulo ganhou quase um mês de liberdade a mais. Após interromper suas férias em Paris e Londres para participar de encontros políticos e de palestras, Joaquim reclamou ainda sobre a “personificação” das questões relativas ao mensalão. "É bom que os brasileiros saibam o seguinte: a figura do presidente do STF não se confunde com o STF. Aquilo é uma obra coletiva", ressaltou. Informações da Agência Estado.BN
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