(EFE).- Cerca de 2.000 profissionais estrangeiros se inscreveram até agora para o programa "Mais médicos", a polêmica iniciativa lançada no começo do mês pela presidente Dilma para suprir a falta de médicos, informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde.
Dos 18.450 profissionais inscritos para a primeira fase do programa, 1.920 deles são estrangeiros de 61 nacionalidades, e a maioria é de espanhóis, argentinos e portugueses, revelou o Ministério. Não foram fornecidos mais detalhes.
Dos quase 5.500 municípios brasileiros, 3.511 aderiram ao programa, e juntos representam uma demanda de 15.460 médicos, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
Do total de inscritos, só 3.123 médicos apresentaram toda a documentação necessária. Entre os mais de 15.000 restantes, os brasileiros têm até dia 28 de julho, e os estrangeiros até 8 de agosto, para adequar todas as informações necessárias para a inscrição.
Em 1º de agosto vai ser divulgada a lista dos médicos aprovados e os respectivos municípios em que trabalharão. Os profissionais terão dois dias para assinar o contrato de compromisso. Os médicos aprovados serão avaliados por 41 universidades federais.
Dos médicos inscritos, 45% apresentaram registros profissionais inválidos, uma situação que foi interpretada por alguns veículos de imprensa como boicote dos profissionais brasileiros que se opõem à contratação de estrangeiros.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, descartou, em primeira instância, que se trate de um boicote e afirmou que os erros dos registros podem ser de médicos recém formados que ainda têm em tramitação o registro profissional definitivo.
Dilma lançou o programa como uma das medidas para atender os pedidos da população, de melhora da estrutura e serviço da saúde pública, durante a onda de protestos de junho que começou em São Paulo e se expandiu por todo o país com diferentes reivindicações sociais.
Os médicos receberão um salário de RS 10 mil mensais, alguns benefícios e especialização acadêmica durante os três anos de permanência no programa.
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