“Não fiquem desiludidos com a corrupção daqueles que em vez de buscar o bem comum, procuram seu próprio benefício, pois a realidade pode mudar, o homem pode mudar”. Esta frase do papa Francisco, dita diretamente aos jovens, pode ser interpretada como um incentivo para que eles – os brasileiros em particular – saiam às ruas para se manifestarem contra as mazelas praticadas pelos governantes que misturam corrupção com a falta de obras e serviços que deveriam ser entregue s à população em troca dos altos impostos que são pagos. O papa chamou ainda a atenção dos jovens para que nunca desanimem e não percam a confiança contra a corrupção, alertando para o fato de que eles possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas vezes de se desiludirem com notícias de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício;
O recado parece bem claro e não será surpresa se depois da volta do papa Francisco ao Vaticano as manifestações explodam outra vez no Brasil. Outra declaração dele é também bastante emblemática: “A política é muito suja, mas pergunto: por que é assim? Por que os cristãos não fazem política com o espírito evangélico? É fácil dizer que a culpa é do outro, mas o que eu faço? É um dever de um cristão trabalhar pelo bem comum”. A história de dizer que o outro é culpado é bastante evidente. Os petistas estão no Governo há dez anos e quando recebem críticas sobre as mazelas na Saúde, Educação e Segurança ainda falam em ‘herança maldita’ de Fernando Henrique. Como assim? Não foi para corrigi-las que pediram e receberam votação para isso. Por que ainda está tudo como antes? Nessa o papa Francisco acertou no alvo;
Diante desse fato, é bom que os governantes ponham suas barbas de molho, porque é a cada dia ficando muito claro que as manifestações continuarão até com mais força que as de junho. Mas a mais forte manifestação está programada para o dia 5 de outro de 2014, uma vez que se antecipa uma forte reação contra os atuais ocupantes de cargos eletivos (com algumas exceções, é claro), esperando-se um elevado índice de renovação no quadro político nacional. Ainda há tempo para a correção de rumo de alguns, mas é melhor se preparem para fragorosas derrotas nas urnas no ano que vem. por Airton Leitão
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