Comemora-se no primeiro sábado de julho o Dia Internacional das Cooperativas, data instituída pelas Nações Unidas em reconhecimento a contribuição que este setor presta no bem-estar da população mundial.
As cooperativas oferecem, desde há muito, serviços financeiros às pessoas pobres ou de baixos rendimentos. As cooperativas bancárias e as cooperativas de crédito foram inicialmente fundadas para reduzir a pobreza e o endividamento dos pequenos agricultores e artesãos das zonas rurais e urbanas. As cooperativas continuam a cumprir a sua missão, muitas vezes proporcionando um acesso confortável e equitativo aos serviços de microfinanciamento. Os estudos das Nações Unidas indicam que, ao permitirem o acesso ao crédito, as poupanças e seguros fiáveis, tais serviços podem ajudar os pobres a aumentar os seus rendimentos, a proteger os seus ativos e a reduzir a sua vulnerabilidade face às crises.
As cooperativas estão numa boa posição para ajudar os pobres, sobretudo em zonas que não são servidas pelos bancos comerciais. Ao contrário das instituições financeiras que procuram o lucro, as cooperativas financeiras têm como objetivo principal a prestação de serviços que beneficiem os seus membros. As cooperativas são autônomas e geridas democraticamente pelos seus membros, que são também os seus clientes. Estabelecem laços estreitos com as comunidades a que servem, o que as coloca num lugar privilegiado para aplicar políticas e programas adaptados às condições locais e aos interesses e necessidades dos seus membros. As cooperativas podem ainda reforçar a participação e inclusão dos pobres no processo de tomada de decisões e de gestão. Ao mesmo tempo, podem ajudar a criar condições sociais favoráveis à liquidação da grande maioria dos empréstimos.
É por isso que, no quadro das iniciativas mundiais em prol da redução da pobreza e da promoção do desenvolvimento sustentável, devemos ver nas cooperativas instrumentos de eficácia comprovada para permitir que os pobres, sobretudo as mulheres, tenham acesso ao microfinanciamente e tomem o seu destino nas mãos. É por esta razão que a ONU se esforça por promover as cooperativas. Fonte: Nosso São Paulo / GDRC
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