(EFE).- Os Estados Unidos aplicaram nesta quinta-feira novas sanções a indivíduos e empresas norte-coreanas por seu papel na proliferação armamentista, após a última resolução das Nações Unidas contra o programa de mísseis do regime de Pyongyang. O Departamento de Estado e do Tesouro começaram hoje a dar forma à resolução de condenação aprovada na terça-feira passada pelo Conselho de Segurança da ONU pelo lançamento em dezembro de um foguete norte-coreano, que é visto como um teste encoberto de um míssil de longo alcance por Washington e seus aliados. O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a dois diretores de uma entidade financeira norte-coreana e a uma empresa comercial com vínculos com as atividades de proliferação armamentista do regime de Kim Jong-un. As sanções congelam os bens dentro da jurisdição americana das pessoas e entidades designadas, Tanchon Commercial Bank e Leader International Trading Limited, e proíbe qualquer tipo de transação com cidadãos dos EUA. Os indivíduos incluídos nas sanções são dois representantes na China do Tanchon Bank, uma entidade sancionada por Washington em 2009 devido a suas relações com a empresa mineradora norte-coreana KOMID, responsável, segundo os EUA, pelo tráfico de armas e de importar material para o desenvolvimento de armas convencionais e mísseis. A empresa Leader International Trading Limited, por sua vez, foi sancionada por facilitar o transporte de material utilizado na indústria de armamento norte-coreana, por longo tempo perseguida pelas sanções americanas e da ONU. Por sua parte, o Departamento de Estado ampliou as sanções ao Comitê Coreano para Tecnologia Espacial, responsável do lançamento de dezembro passado, que foi apresentado ao mundo por Pyongyang como o lançamento de um satélite e que ao ser parcialmente bem-sucedido representou um avanço em tecnologia de foguetes para o regime. "A tecnologia utilizada para lançar um satélite é virtualmente idêntica e intercambiável à usada por mísseis balísticos intercontinentais", indicou o Departamento de Estado, que somou à lista dois cientistas responsáveis pelo lançamento. "Estas ações têm o objetivo de frear a contínua proliferação de armas de destruição em massa da Coreia do Norte e seus esforços para procurar material em flagrante violação das resoluções do Conselho de Segurança", indicou o Departamento de Estado. A Coreia do Norte respondeu hoje à resolução da ONU com a ameaça de realizar um terceiro teste nuclear e continuar com seu desenvolvimento de mísseis no marco de sua "luta" contra seu "inimigo" americano.
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