Minas 247 - Uma coincidência que é no mínimo curiosa: três dos mais importantes cargos do Judiciário brasileiro serão comandadas por pessoas nascidas em Minas Gerais.
O próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) será Joaquim Barbosa, mineiro de Paracatu, cidade de 85 mil habitantes localizada no noroeste mineiro. Relator do processo do mensalão, Barbosa foi indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro do STF. Polêmico, é o único membro do Supremo que defende abertamente a descriminalização do aborto. Em 2009, ficou famoso ao discutir, em sessão plenária do tribunal, com o também ministro do STF Gilmar Mendes. “O senhor está destruindo a credibilidade da Justiça brasileira”, disse Barbosa para Mendes. Ao contrário do que se pensa, ele não é o primeiro ministro negro do Supremo brasileiro - antes dele, Hermenegildo de Barros e Pedro Lessa também eram negros e integrantes do STF.
Carlos Alberto Reis de Paula nasceu em Pedro Leopoldo, na Grande BH (65 mil habitantes) há 68 anos. Será o próximo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Mestre e doutor em Direito pela UFMG, foi professor na universidade mineira, mas está à disposição da UnB desde 1999. Reis Veloso é ministro do TST desde 1998. Atualmente, é corregedor geral da Justiça do Trabalho.
A atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral também é mineira, de Montes Claros, cidade do Norte de Minas com cerca de 370 mil habitantes. Cármen Lúcia Antunes Rocha foi criada, entretanto, em Espinosa (cerca de 35 mil habitantes), também na região Norte do estado, bem perto da divisa com a Bahia. Formada em Direito pela PUC-Minas, onde foi professora, foi procuradora-geral do estado no governo de Itamar Franco. Cárman Lúcia foi a segunda mulher nomeada na história do Supremo brasileiro - em 2006, em virtude da aposentadoria de Nelson Jobim, foi indicada por Lula para o posto. Desde o início de março é a chefe do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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