Durante reunião Ordinária do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) de Itabuna, realizada nesta terça-feira (22), no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), representantes da sociedade organizada e autoridades locais assistiram a apresentação do diagnóstico da violência e criminalidade no município e conheceram a proposta do Plano Municipal de Segurança Pública.
O diagnóstico computou mais de 500 homicídios cometidos em Itabuna entre 2007 e 2010. De acordo com o estudo, 78% dos crimes foram praticados com o uso de arma de fogo, sendo que 93 % das vítimas são do sexo masculino, 80 % delas com idade entre 15 e 39 anos e 43 % com apenas um a três anos de escolaridade.
Foi constatado também no estudo, que os acidentes de trânsito correspondem à terceira maior causa de mortes violentas em Itabuna, chegando ao total de 310 casos entre 2007 e 2010.
No debate que se seguiu à apresentação do diagnóstico, foram discutidas sugestões de diversas entidades como, por exemplo, a instalação de espaços para recuperação de dependentes químicos, considerando que a maioria dos casos de roubos e homicídios deve-se ao uso de drogas, principalmente o crack. Moradores também sugerem a ampliação de projetos voltados para a inclusão social.
De acordo com o diretor do Programa de Segurança Pública Municipal (Prosem), Marcos Vinicius de Oliveira Júnior, o plano vai incorporar propostas de representantes da sociedade civil para sua consolidação e futura aplicação.
Ao receber o diagnóstico e a proposta do Plano Municipal de Segurança Pública, a promotora pública Renata Dacach indicou o estudo como o primeiro passo para conhecer o problema e buscar soluções”.
O trabalho tem relação com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e segundo o prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, não está somente atrelado à ação policial. “Nós interpretamos que o problema da violência não é resolvido somente com a ajuda de efetivos e viaturas, mas em através de um esforço conjunto da sociedade com o desenvolvimento de ações sociais e políticas públicas”, afirma.
A secretaria executiva do GGI – M, Luisa Padilha Leal, explica que p Plano Municipal de Segurança Pública foi elaborado a partir das prioridades identificadas no Diagnóstico da Violência e Criminalidade e será a principal ferramenta para o combate à violência nos próximos dois anos. Afirma que para que ele tenha o sucesso desejado é necessário que seja executado pelo Poder Municipal em suas diversas instâncias, em parceria com a sociedade civil e com os demais órgãos de segurança pública que atuam no município. A idéia é reduzir o crime e a violência e aumentar a segurança da população.Texto: Viviane Cabral / Foto: Vinicius Borges
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