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- A opinião pública brasileira - parte dela, é certo, pois a maioria é omissa - espera com curiosidade o desfecho da CPMI do Cachoeira. Pelo que se tem visto, há grandes chances de tudo terminar numa grande 'CPIzza'. Como as relações do 'empresário da contravenção Carlinhos Cachoeira se estendem com gente de vários partidos, é logico que essa agremiações façam de tudo para que ele 'não jogue farinha no ventilador', porque isso provocaria grandes estragos em face de tudo o que tem sido amplamente divulgado pela imprensa com relação a 'malfeitos' praticados e relacionados com o poder político de Cachoeira. Então, temos que dar tempo ao tempo para sabermos como essa CPMI vai terminar;
É isso mesmo: ver para crer |
- Coincidentemente, está chegando a hora de o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar os 38 indiciados no processo do Mensalão do PT. Acontece que há um movimento orquestrado pela 'base aliada' do Governo no Congresso, em especial entre os seus integrantes que fazem parte da CPMI, focando uma atitude não bem explicada pelo Procurador Geral da União, Roberto Gurgel, em relação à uma possível inoperância sua nas investigações que acabaram por provocar a criação da CPMI do Cachoeira. Na verdade, Roberto Gurgel não está bem nessa fotografia, e os chamados 'mensaleiros' querem se aproveitar dessa falha dele para provar que ele não teria moral para ser o denunciante das investigações que culminaram com o indiciamento dos que estão para serem julgados por conta do Mensalão do PT;
- Domingo passado, o jornalista Elio Gaspari publicou artigo afirmando que Roberto Gurgel foi omisso, nos idos de 2009, por não denunciar o senador Demóstenes Torres por sua ligações com Carlinhos Cachoeira. Essa omissão deu oportunidade para o grupo de Demóstenes e Cachoeira continuasse livre para enriquecer mais ainda e de modo fraudulento, o que poderia ser sido estacando desde então. Mesmo que a legislação não permita que Roberto Gurgel preste depoimento na CPMI, ele tem que dar explicações convincentes sobre essa estranha omissão. Entretanto, no que diz respeito aos 'mensaleiros', siga-se em frente. Uma coisa não tem relação com a outra. Se há desconfiança em relação à atitude 'engavetadora' do procurador, que se crie a 'CPMI do Gurgel' e se apure o que ele fez (ou não fez), mas o julgamento do Mensalão do PT tem que ser levado adiante e a 'quadrilha' a que se refere o ministro relator Joaquim Barbosa seja punida pelos 'malfeitos' praticados e denunciados desde 2005;
- Hoje foi divulgada no site do jornalista Claudio Humberto a seguinte notícia: "O requerimento solicitando explicações por escrito do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentado pelo deputado Luiz Pitiman, foi aprovado pelos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. O documento dá um prazo máximo de cinco dias úteis para Gurgel apresentar explicações à CPMI. O requerimento é a saída encontrada pelo relator para conter um grupo de parlamentares membros da comissão, que insistia em convocar Gurgel para prestar depoimento pessoalmente. Inicialmente o prazo para as explicações era de 10 dias úteis, mas por sugestão da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), o relator da Comissão, deputado Odair Cunha, alterou para cinco dias".
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