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domingo, 20 de maio de 2012

ESPERAR VALE A PENA

Por Humberto Pinho da Silva
Acicatados por escabrosas cenas, que o cinema apresenta e a TV reproduz, e pelos nefastos exemplos, que as telenovelas mostram, os jovens – muitos são crentes, – desvalorizaram a virgindade.
Excitados, esquentados por torpes imagens, encorajados por discípulos de Hollywood, que a mass-media acarinha, ao primeiro encontro de namoro, os jovens, pensam em relações sexuais, primeiro com preservativo… depois, sem.
Julgam, os adolescentes que as precoces relações criam fortes laços de união, mas sempre ou quase sempre, acontece o invés: abalam a reputação e desacreditam, mormente a moça, que se entrega ao impúdico acto.
Asseveram os moços que a entrega incondicional é a Prova suprema do amor.
Esquecendo-se que quem ama, não exige “Provas”. Pelo contrário: respeita.
E como quase sempre há tantas “ Provas”, como namorados que a moça tem, de “Prova” em “Prova”, descamba-se na promiscuidade torpe e vil.
Tal comportamento ignominioso retira curiosidade e prazer natural, na lua-de-mel, e envergonha a jovem ao perpassar por antigos namorados.
Corre-se ainda o perigo de infecções de doenças incuráveis, gravidez na adolescência e possível aborto, que deixa sempre sequela difícil de apagar, e remorsos, mesmo em não crentes...
O namoro destina-se ao conhecimento mútuo e descoberta da alma.
Se for recatado, é período de grande felicidade, que se estampa no rosto e desperta sentimentos de nobreza, se for levado a sério e com respeito.
Há diferença entre o amor e desejo sexual. Recorda Bertrand Russel em “ A Conquista da Felicidade”: “ O amor é uma experiência pelo qual todo o nosso ser é renovado e refrescado como o são as plantas pela chuva após a seca. Nada disso sucede nas relações sexuais a que o amor é alheio. Quando o prazer momentâneo finda, sobrevêm a fadiga, o desgosto, e o sentimento da vida vazia. É que o amor faz parte da vida da Terra, e o desejo sexual, sem amor, não faz.”

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