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terça-feira, 22 de maio de 2012

Até quando Cachoeira tentará não falar na CPMI?

  • O super bem remunerado advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça de Lula, é o advogado de Carlinhos Cachoeira. Diz-se que a defesa de seu famoso constituinte teria o custo de R$ 13 milhões (o 13 deve ser simbólico, pois é o número do PT). Por orientação do renomado criminalista, Cachoeira tornou-se um depoente que poderá fazer com que a CPMI que leva seu nome acabe por não levar a nada. Thomaz Bastos avisou que Cachoeira não for atendido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que seu depoimento seja mais uma adiado, vai se abster de responder às indagações dos congressistas. O depoimento de Cachoeira foi remarcado para esta terça-feira, mas a ida dele à CPMI depende, de novo, de um despacho do ministro Celso de Mello, que divulgará ainda hoje (Leia aqui) sua decisão sobre a nova petição de Thomaz Bastos feita há três dias;
  • Há cerca de uma semana, Celso de Mello desobrigou Cachoeira de comparecer à CPMI, ao considerar que o presidente da comissão, Vital do Rêgo (PMDB-PB), havia violado os direitos de Cachoeira ao sonegar à defesa o acesso aos inquéritos sigilosos disponíveis no Congresso. Em vista disso, a CPMI franqueou sua sala-cofre à equipe do ex-ministro da Justiça e remarcou o depoimento de Cachoeira. Na nova petição, Thomaz Bastos reclama no Supremo que o presidente daa CPMI não autorizou a extração de cópias, solicitando então, mais tempo. A defesa de Cachoeira alega que precisará de pelo menos três semanas para ler todos os arquivos digitais da CPMI. Os membros da comissão entendem que se trata de chicana protelatória;
  • Ainda que obtenha autorização para copiar documentos e três semanas para analisá-los, Cachoeira não estará obrigado a dizer anda na CPMI, um vez que pela lei nenhum acusado é obrigado a produzir provas contra si mesmo, podendo se calar e até mesmo mentir. Cachoeira também foi chamado a depor quarta-feira no Conselho de Ética do Senado, onde foi arrolado como testemunha de defesa do se amigo e senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), que responde a um processo por quebra do decoro parlamentar. No que diz respeito a  Cachoeira optar por ficar em silêncio também no Conselho de Ética, ele estará fritando Demóstenes Torres, que acabará tendo seu mandato cassado. Se Cachoeira for ao Conselho e falar, aí será ele que está enrolado na CPMI;
  • De qualquer modo, pelas decisões que ela própria andou tomando, dando margem a muitos acharem que está havendo uma enorme blindagem promovida pela 'base aliada' do Governo, pois os fatos já do conhecimento público levam a crer que alguma coisa poderá 'respingar' até no Palácio do Planalto, bem como no Palácio da Guanabara, por conta das relações Sérgio Cabral-Cavendish- Cachoeira. Aguardemos os próximos capítulos.
  • Obs.: O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Cachoeira na semana passada, pelo adiamento do depoimento. A defesa alegava falta de tempo para análise do inquérito, que a CPI do Cachoeira liberou apenas na semana passada, após o primeiro adiamento do depoimento, que acontecerá nesta terça-feira, às 14 horas. (Leia aqui) 

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