Brasília247 – Basta uma volta pelas cidades do Distrito Federal para constatar que o número de moradores de rua cresce a cada ano. A realidade de milhares de homens e mulheres que não tem um lar motivaram a Fundação de Apoio à Pesquisa a fazer um estudo para traçar o perfil desses cidadãos. A pesquisa, feita em parceria com a Universidade de Brasília, revelou um dado surpreendente: apenas 10% dos sem-teto sobrevivem de esmolas.
Atualmente, 2,5 mil pessoas, em sua maioria homens e adultos, vivem nas ruas do DF. Ao contrário do que parece, 90% dos moradores de rua exercem alguma função, ainda que informalmente. Cerca de 20% deles são flanelinhas ou vigias de carro, 19% são catadores e apenas 10% deles pedem esmolas.
O resultado do estudo, segundo a pesquisadora Bruna Papaiz, tem explicação: grande parte desses brasileiros deixa suas famílias e suas casas em outras regiões do País, como Norte e Nordeste, para tentar emprego e melhores condições de vida no DF. Segundo Bruna, a situação reflete a realidade de uma minoriade trabalhadores excluídos do mercado de trabalho.
Embora os moradores de rua estejam espalhados pelo DF, é na região central de Brasília que a maior parte deles se instalam. Dos sem-teto pesquisados, 38,2% moram no Plano Piloto, principalmente na Asa Norte; 19,9% vivem em Taguatinga e 9,7% escolhem Ceilândia.
Enquanto os sem-tetos passam os dias e as noites em espaços improvisados, a Secretaria de Desenvolvimento Social criou um comitê para buscar medidas que contenham o crescimento desordenado de moradores de rua no DF.
Com auxílio do levantamento feito pela FAP e pela UnB, a secretaria pretende criar um programa de políticas públicas voltado à esta parcela da população. Com informações do G1
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