O prefeito do município pernambucano de João Alfredo, Severino Cavalcanti (PP), candidato à reeleição, é um dos políticos afetados pela Lei da Ficha Limpa. Ele renunciou ao mandato de deputado federal em setembro de 2005, quando envolvido no escândalo que ficou conhecido como "Mensalinho", para escapar de uma eventual cassação. Não poderia, portanto, concorrer à reeleição, pois estaria inelegível por oito anos.
Cavalcanti era presidente da Câmara dos Deputados, em 2003, quando foi acusado de receber propina de Sebastião Buani para permitir o funcionamento do restaurante do empresário nas dependências da Casa. Buani confirmou as denúncias. Da Agência Estado
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19:25 - Oposição entra com representação contra Severino - ( 01' 48" )
Os partidos de oposição entraram, nesta terça-feira, com representação no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti. Deputados do PFL, PSDB, PPS, PDT, PV, PSOL e da esquerda do PT entregaram, em mãos, ao presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Severino Cavalcanti.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia, explica porque a oposição optou por entregar a representação diretamente ao Conselho de Ética e não à Mesa Diretora.
"Achamos que seria constrangedor entregar o processo na Mesa presidida por Severino. Então mandamos ao Conselho que vai cumprir apenas o trâmite burocrático de mandar que a Mesa numere"
Para o presidente do PPS, deputado Roberto Freire, com a abertura do processo, a oposição quer que se investiguem as denúncias contra o presidente da Câmara, garantindo sua ampla defesa.
"Nós não estamos com nenhum pré-julgamento. Eu não posso aqui afirmar se o Severino Cavalcanti é corrupto, se praticou ilícitos e crimes, se atentou contra o decoro. Quem vai determinar isso é o contraditório instalado agora em função da nossa representação aqui no Conselho de Ética"
O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar, disse que, nesta quarta-feira, encaminha o processo à Mesa da Câmara que tem duas Sessões para protocolar e numerar o processo e então devolvê-lo ao Conselho de Ética. Izar acredita que já na próxima segunda-feira poderá instaurar o processo e indicar o relator. O Conselho tem 90 dias para tomar uma posição, no entanto, Izar acredita que o resultado sairá antes desse prazo.
De Brasília, Geórgia Moraes
SM
terça-feira, 13 de setembro de 2005
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13/09/2005 16:24