A Polícia Civil de Ponta Porã instaurou inquérito para investigar a morte do jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos. Paulo Rocaro, como o jornalista era conhecido, morreu na madrugada desta segunda-feira (13), após ser baleado em plena região central de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, cidade de 61 mil habitantes a 326 quilômetros da capital, Campo Grande, e separada por apenas uma rua do município paraguaio de Pedro Juan Caballero.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia Policial de Ponta Porã, Rocaro dirigia seu carro quando, por volta das 23h30 de ontem (12), foi atacado por dois motociclistas que dispararam 12 tiros e fugiram. Atingido por ao menos cinco tiros, o jornalista foi socorrido por homens do Corpo de Bombeiros e levado para o hospital mais próximo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 5h30 desta madrugada. No local do crime, a polícia encontrou várias cápsulas de projéteis de arma de fogo calibre 9 milímetros.
Para o delegado Clemir Vieira Júnior, a morte do jornalista tem claros sinais de ser um crime encomendado. “Não descartamos nenhuma hipótese, mas as características são de crime de pistolagem. Os motociclistas chegaram atirando e fugiram sem levar nada”, disse o delegado à Agência Brasil.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia Policial de Ponta Porã, Rocaro dirigia seu carro quando, por volta das 23h30 de ontem (12), foi atacado por dois motociclistas que dispararam 12 tiros e fugiram. Atingido por ao menos cinco tiros, o jornalista foi socorrido por homens do Corpo de Bombeiros e levado para o hospital mais próximo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 5h30 desta madrugada. No local do crime, a polícia encontrou várias cápsulas de projéteis de arma de fogo calibre 9 milímetros.
Para o delegado Clemir Vieira Júnior, a morte do jornalista tem claros sinais de ser um crime encomendado. “Não descartamos nenhuma hipótese, mas as características são de crime de pistolagem. Os motociclistas chegaram atirando e fugiram sem levar nada”, disse o delegado à Agência Brasil.
A Polícia Civil vai ouvir parentes, amigos e colegas de trabalho de Rocaro para tentar obter informações que ajudem a identificar os responsáveis pelo crime. Pessoas que presenciaram o atentado disseram não ser capazes de identificar os motociclistas. As imagens de câmeras de prédios nas imediações do atentado, na Avenida Brasil, também não foram reveladoras.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados, Karine Segatto, declarou não ter dúvidas de crime encomendado, embora não ter ideia da motivação. "Não havia razão para alguém querer se vingar dele por causa de matérias publicadas. Até onde sabemos, ele jamais foi ameaçado de morte. Como estamos em uma região de fronteira, onde há muitos interesses em jogo, chegamos a cogitar que o real objetivo [de quem planejou o atentado] seja mandar um recado a alguém".
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor) manifestou pesar pela morte de Rocaro e cobrou rapidez no esclarecimento do crime e na punição dos culpados. Em nota, a entidade diz que a vítima era conhecida pelos colegas como um defensor da categoria que sempre esteve preocupado com questões como qualidade do trabalho jornalístico, segurança dos profissionais, capacitação e condições de trabalho. A Subseção da Ordem dos Advogados (OAB) no estado informou que irá acompanhar o caso, mas só vai se manifestar após os esclarecimentos dos motivos do crime.
Além de fundador do site Mercosulnews, Rocaro era editor chefe do Jornal da Praça, onde trabalhava há quase 30 anos. Segundo documentos da Vara do Trabalho de Ponta Porã e da Justiça Federal, até recentemente o empresário Fahd Jamil estava entre os acionistas do jornal. Conhecido como o Rei da Fronteira, em 2005 Jamil foi condenado, à revelia, a 20 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. Desde então, está foragido. O que não impediu a 3ª Vara Federal Criminal de Campo Grande a condená-lo,em 2007, a mais de 12 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, por sonegação fiscal.
Em 2009, Jamil foi inocentado da acusação de tráfico de drogas. Em maio de 2011, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região reviu a pena de mais de 12 anos por crime contra o sistema financeiro para dez anos e seis meses. O paradeiro do empresário, contudo, ainda é ignorado. Em junho de 2011, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus para que ele aguardasse, em liberdade, o julgamento de seu recurso contra a condenação pelo crime de evasão de divisas. Da Agência Brasil
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