A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou nesta quarta-feira (22) o contingenciamento de R$ 5,4 bilhões anunciado semana passada pelo governo federal para a área da saúde.
"A notícia nos trouxe grande preocupação", afirmou o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, durante o lançamento da campanha da fraternidade, cujo tema, este ano é saúde.
As críticas não ficaram restritas ao investimento à área, considerado baixo pela CNBB. Durante a cerimônia, foram apontados problemas como uso inadequado dos recursos, a tendência de terceirização dos serviços, além da fila de atendimento, espera para exames, falta de vagas e de medicamentos, além das deficiências encontradas na assistência a indígenas e quilombolas.
Presente à cerimônia, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que escolha do tema de saúde para campanha permitiria a discussão sobre o "SUS real", que por vezes se vê às voltas com problemas como baixa qualidade, falta de compromisso e omissão no atendimento.
Mas, mesmo admitindo as falhas, o ministro manteve a política adotada desde o início de seu mandato de não reclamar dos recursos disponíveis, mas, sim, prometer uso mais eficientes. "É fazer mais com o que se tem", disse. Mais uma vez, ele defendeu a aprovação de lei de responsabilidade sanitária no Congresso - que prevê punições para administradores que não usam corretamente recursos destinados para a área da saúde.
O ministro garantiu ainda que o corte dos R$ 5,4 milhões não ameaça a execução de nenhum programa de governo, apenas adia a implementação de projetos previstos nas emendas parlamentares. "O orçamento deste ano é de R$ 72 bilhões, 17% a mais do que no ano passado".
A avaliação de Padilha, no entanto, destoa do diagnóstico feito pelo professor da Unicamp, Nelson Rodrigues. Para ele, além de o investimento per capita ser baixo, ele é mal empregado. "Cerca de 50% dos gastos anuais na área são usados como subsídio na saúde privada, em forma de renúncias, cofinanciamento e ressarcimento", observou. Algo que, em sua avaliação, está longe dos objetivos iniciais do sistema público de saúde. "O SUS transformou-se numa corruptela do sistema de saúde dos EUA".De Agência Estado
As críticas não ficaram restritas ao investimento à área, considerado baixo pela CNBB. Durante a cerimônia, foram apontados problemas como uso inadequado dos recursos, a tendência de terceirização dos serviços, além da fila de atendimento, espera para exames, falta de vagas e de medicamentos, além das deficiências encontradas na assistência a indígenas e quilombolas.
Presente à cerimônia, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que escolha do tema de saúde para campanha permitiria a discussão sobre o "SUS real", que por vezes se vê às voltas com problemas como baixa qualidade, falta de compromisso e omissão no atendimento.
Mas, mesmo admitindo as falhas, o ministro manteve a política adotada desde o início de seu mandato de não reclamar dos recursos disponíveis, mas, sim, prometer uso mais eficientes. "É fazer mais com o que se tem", disse. Mais uma vez, ele defendeu a aprovação de lei de responsabilidade sanitária no Congresso - que prevê punições para administradores que não usam corretamente recursos destinados para a área da saúde.
O ministro garantiu ainda que o corte dos R$ 5,4 milhões não ameaça a execução de nenhum programa de governo, apenas adia a implementação de projetos previstos nas emendas parlamentares. "O orçamento deste ano é de R$ 72 bilhões, 17% a mais do que no ano passado".
A avaliação de Padilha, no entanto, destoa do diagnóstico feito pelo professor da Unicamp, Nelson Rodrigues. Para ele, além de o investimento per capita ser baixo, ele é mal empregado. "Cerca de 50% dos gastos anuais na área são usados como subsídio na saúde privada, em forma de renúncias, cofinanciamento e ressarcimento", observou. Algo que, em sua avaliação, está longe dos objetivos iniciais do sistema público de saúde. "O SUS transformou-se numa corruptela do sistema de saúde dos EUA".De Agência Estado
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