O policial militar João Dias Ferreira, delator de um esquema de caixa na campanha do governador Agnelo Queiroz (PT), foi encaminhado ao batalhão da Polícia Militar após tentar entrar na sede do governo do Distrito Federal.
Ferreira é protagonista de uma crise política no DF. O policial é dono de duas ONGs acusadas de desviar dinheiro do Ministério do Esporte, que foi comandado por Agnelo e Orlando Silva, demitido após as denúncias de João Dias Ferreira.
Nesta quarta-feira, o policial tentou entrar na sede do governo. Segundo ele, o objetivo era conversar com Agnelo sobre supostas ameaças que vem recebendo de pessoas ligadas ao secretário de Governo, Paulo Tadeu.
O policial foi barrado e logo em seguida foi encaminhado ao batalhão da Polícia Militar, no qual ficou por duas horas. "É lamentável, sofri cárcere privado sem ter voz de prisão. É uma perseguição política", disse.
Na semana passada, João Dias Ferreira foi protagonista de mais um episódio polêmico. Entrou na sede do governo, jogou na mesa de servidoras R$ 159 mil e agrediu duas pessoas -- o que o levou a prisão por duas vezes num mesmo dia, na esfera civil e militar. O policial diz que o dinheiro é um "cala-boca" do secretário Paulo Tadeu, que nega as acusações.
Numa das prisões, dentro da Polícia Militar, João Dias foi pressionado a não acusar Agnelo Queiroz de caixa-dois. A PM já abriu inquérito para investigar o major que disse a João Dias Ferreira que ele seria "réu confesso" caso falasse da campanha do governador.
CONVITE
Segundo o corregedor da Polícia Militar, coronel Jahir Lobo, João Dias Ferreira foi levado nesta quarta-feira ao batalhão "convidado a ter uma conversa", após ter tentado uma audiência com Agnelo.
"Ele não foi detido, ele foi convidado a ter uma conversa para sabermos o ânimo dele. Não é normal que alguém vá duas vezes tentar conversar com o governador, uma delas com agressão física. Aliado a isso, João Dias está em licença médica, exatamente por problemas de ordem psicológica", disse o corregedor da PM.
Após a "conversa" sobre o estado psicológico do delator de Agnelo, a Polícia Militar decidiu instaurar uma junta médica para examiná-lo, que pode resultar uma aposentadoria compulsória.
João Dias Ferreira ironizou a "determinação especial" para comparecer a junta médica, numerada como a primeira de 2011. "Isso deve ser muito especial para ter a primeira agora", disse.
O coronel Jahir Lobo rebateu: "foi a primeira vez no ano que nós tivemos um policial militar licenciado por razões psiquiátricas que vai duas vezes no palácio do governo em uma semana". De FILIPE COUTINHO - FERNANDO MELLO / DE BRASÍLIA - Folha.com
Ferreira é protagonista de uma crise política no DF. O policial é dono de duas ONGs acusadas de desviar dinheiro do Ministério do Esporte, que foi comandado por Agnelo e Orlando Silva, demitido após as denúncias de João Dias Ferreira.
Nesta quarta-feira, o policial tentou entrar na sede do governo. Segundo ele, o objetivo era conversar com Agnelo sobre supostas ameaças que vem recebendo de pessoas ligadas ao secretário de Governo, Paulo Tadeu.
O policial foi barrado e logo em seguida foi encaminhado ao batalhão da Polícia Militar, no qual ficou por duas horas. "É lamentável, sofri cárcere privado sem ter voz de prisão. É uma perseguição política", disse.
Na semana passada, João Dias Ferreira foi protagonista de mais um episódio polêmico. Entrou na sede do governo, jogou na mesa de servidoras R$ 159 mil e agrediu duas pessoas -- o que o levou a prisão por duas vezes num mesmo dia, na esfera civil e militar. O policial diz que o dinheiro é um "cala-boca" do secretário Paulo Tadeu, que nega as acusações.
Numa das prisões, dentro da Polícia Militar, João Dias foi pressionado a não acusar Agnelo Queiroz de caixa-dois. A PM já abriu inquérito para investigar o major que disse a João Dias Ferreira que ele seria "réu confesso" caso falasse da campanha do governador.
CONVITE
Segundo o corregedor da Polícia Militar, coronel Jahir Lobo, João Dias Ferreira foi levado nesta quarta-feira ao batalhão "convidado a ter uma conversa", após ter tentado uma audiência com Agnelo.
"Ele não foi detido, ele foi convidado a ter uma conversa para sabermos o ânimo dele. Não é normal que alguém vá duas vezes tentar conversar com o governador, uma delas com agressão física. Aliado a isso, João Dias está em licença médica, exatamente por problemas de ordem psicológica", disse o corregedor da PM.
Após a "conversa" sobre o estado psicológico do delator de Agnelo, a Polícia Militar decidiu instaurar uma junta médica para examiná-lo, que pode resultar uma aposentadoria compulsória.
João Dias Ferreira ironizou a "determinação especial" para comparecer a junta médica, numerada como a primeira de 2011. "Isso deve ser muito especial para ter a primeira agora", disse.
O coronel Jahir Lobo rebateu: "foi a primeira vez no ano que nós tivemos um policial militar licenciado por razões psiquiátricas que vai duas vezes no palácio do governo em uma semana". De FILIPE COUTINHO - FERNANDO MELLO / DE BRASÍLIA - Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário