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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

BAHIA: Lampião feirense sai em defesa do chará: “Ele era macho”

"Lampião não dava coisa nenhuma. Ele nasceu para dar tiro"
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O juiz aposentado Pedro de Moraes, escritor do livro Lampião: O Mata Sete concedeu entrevista ao programa Bom Dia Feira e lançou a polêmica no ar.
Também pudera, quando o alvo das suas ilações é o ícone da cultura nordestina, o Virgulino Ferreira da Silva, o temido Lampião, filho de Serra Talhada, no norte de Pernambuco.
Pois a 620 km da terra natal do cangaceiro, em Feira de Santana, o Lampião da Cidade Princesa, batizado de José Fidelis Marques dos Santos, sem sua indumentária característica, saiu em defesa daquele que o mesmo considera um ídolo.
“Eu não posso aprovar isto, por que lampião era um ‘cabra’ retado e iria deixar outro homem passar por cima dele através de relação? Que lampião é esse? O Lampião que conheço é o pai de dona Expedita Ferreira. Isso deve ser alguma brincadeira”, rebateu.
Para arrematar a conversa, o genérico do “Mata Sete”, como foi apelidado no mais recente livro que aborda a vida do “Rei do Cangaço”, demonstrou que não tem possibilidade de Lampião ser gay. “Dona Expedita é filha dele, tem a neta que é Gracinha, então viado não faz filho. Lampião não dava coisa nenhuma. Ele nasceu para dar tiro, foi bala até o dia da morte dele”, declarou.
Perguntado sobre um possível embate entre o juiz aposentado do estado de Sergipe e o Lampião feirense, o cangaceiro de Feira baixa a guarda. “Eu não faria nada, nem espingarda eu tenho, porque assaltaram minha casa e levaram a arma. Não fiquei chateado, sou fã de Lampião, era um Nordestino retado”, disse Fidelis.
Para quem pensa que o apelido é coisa de brincadeira de infância, conversa entre amigos, não faz idéia de quem colocou essa alcunha no feirense. Outro rei: Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, que se vivo completaria 100 anos no próximo dia 13. “Ele disse: ‘Se a partir de hoje ninguém nunca lhe chamou de Lampião, você parece muito com ele e vou comprar os trajes e você será batizado de Lampião’”, lembrou o feirense das palavras de Gonzagão.
Fidelis confessou de que esta história sobre o cangaceiro está rendendo na boca dos populares. Ele disse que já o abordaram e disseram: ‘Lampião gay’, na brincadeira, Fidelis já elaborou uma resposta: “Se você acha que eu sou gay, traga a sua irmã para ver o que eu faço”, disparou. Informações e foto do repórter Luiz Santos.

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