No Brasil, o Estado ocupa a 4ª colocação, perdendo para Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Quando o assunto é transplante de órgãos, logo se imagina uma fila de espera por um doador falecido. Entretanto, esse ato de solidariedade vai muito mais além, pois uma pessoa saudável também pode ser doadora e proporcionar uma nova vida para aqueles que esperam.
Esse ato de amor foi o que salvou o empresário Carlos Malheiros. Portador de uma doença hereditária chamada rins policísticos, ele passou dois anos à procura de um doador. A cada dia de espera a ansiedade e o medo eram sentimentos que aumentavam na vida do empresário, pois ele já havia perdido o pai e o único irmão devido à mesma doença renal.
Diante da situação, Carlos Malheiros conta que a família e os amigos se mobilizaram para encontrar um doador vivo compatível. Foi então, que 16 funcionários da sua empresa se disponibilizaram a fazer o teste de compatibilidade, e a funcionária Maria de Fátima do Amor Divido doou seu rim para o empresário. O transplante aconteceu em 1999 e em 2002 Malheiros se engajou na campanha Doe de Coração, da Fundação Edson Queiroz. "Hoje me sinto com 12 anos de idade, pois a partir desse ato de amor adquiri uma nova vida. A doação é um dos atos mais nobres de solidariedade", destaca.
Diante das campanhas de doação de órgãos, o transplante de rim vem se destacando no Ceará. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Estado se encontra em 1º lugar no Nordeste, tanto em dados absolutos, quanto por milhão de habitantes. Foram 131 procedimentos realizados nos seis primeiros meses do ano, sendo 110 de doadores falecidos e 21 de doadores vivos.
No Brasil, o Ceará se encontra no 4ª lugar, perdendo apenas para o Paraná com 170 transplantes, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ambos com 228 procedimentos, e São Paulo com 1.012. E os números continuam crescendo. Segundo dados da Central de Transplantes, até a última segunda-feira, dia cinco de setembro, já tinham sido realizados 170 transplantes de rim no Ceará. Se compararmos com a pesquisa da ABTO, finalizada em junho deste ano, foram realizados 39 procedimentos em dois meses.
Vale destacar que o Estado ocupa o primeiro lugar do Brasil em transplantes de fígado a cada milhão de habitantes, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da ABTO.Karla Camila – Diário do Nordeste
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