Ouvintes telefonaram sem parar, boquiabertos com a possível retirada do "Pai do Axé" do Carnaval. Houve, inclusive, quem fomentasse uma possível manifestação para reivindicar a presença do cantor no evento.
"Fico revoltado porque me tiraram às vésperas de março. Agora não terei nem a oportunidade de ser contratado por outros estados, não há mais tempo", disse o cantor. Leonelli se defendeu, alegando ser apenas um gestor público que lida com leis orçamentárias. "Luiz Caldas pediu R$250 mil, acho justo até, não estou julgando o valor artístico nem cultural dele, mas o governo lida com recursos públicos, é imposível atender a cada cantor e suas expectativas"
A declaração do Secretário deu início a uma discussão calorosa sobre o assunto. "Eu tinha patrocinadores, tinha tudo, agora não há tempo para mais nada", rebateu Luiz Caldas.
"O governo não é empresário de artista, temos que distribuir os recursos do Estado de maneira racional", respondeu Leonelli. Ao final do Programa do Bocão, Zé Eduardo deu um ultimato ao indagar se Luiz Caldas estaria ou não presente no Carnaval. "Por mim, é claro que sim. Mas só posso oferecer R$90 mil", disse o Secretário. O cantor não pareceu muito satisfeito com a proposta e disse que, por esse valor, só tocaria um dia em cima do trio elétrico. "Há 40 anos me dedico à música, os foliões querem mais de mim", entristeceu-se. De Liz Silveira, do Bocão News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário