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domingo, 4 de janeiro de 2015

Estudo mostra que brasileiras são maiores vítimas de fungos em unhas

Um estudo inédito realizado no Brasil pelo Observatório Nacional de Onicomise mostrou que, no país, há uma alta prevalência das micoses de unha. A maior incidência das chamadas onicomicose acomete as mulheres (70,4%) em relação aos homens (29,6%). De acordo com a dermatologista e pesquisadora Camila Cazerta, isso ocorre porque elas comumente estão mais expostas às condições que favorecem a infecção, como o uso de sapatos de bico fino, traumatismos nas unhas pelas frequentes idas aos salões de beleza e a realização de serviços domésticos que exigem a utilização de água. “A umidade é um dos principais fatores que favorecem o crescimento do fungo causador das onimicoses”, diz a especialista, lembrando que os mesmos fungos que atacam as unhas também agem na pele. Os números chamam a atenção dos dermatologistas uma vez que a doença pode trazer grandes desconfortos e é considerada por muitos especialistas como a micose superficial de mais difícil tratamento, levando de seis a 18 meses para ser totalmente curada. “As micoses de unha são comumente negligenciadas pelos pacientes, especialmente, porque muitas vezes elas não apresentam sintomas”, diz a médica, pontuando que, no entanto, em graus avançados, podem causar deformidades ou mesmo o agravamento da saúde da unha, especialmente em pessoas que possuem deficiência imunológica e cuja reincidência tende a acontecer com maior frequência “A falta de adesão ao tratamento ou tratamento inadequado também favorece novas infecções”, completa. A relação com a imunidade também foi avaliada no estudo: 41% dos pacientes apresentavam doenças concomitantes (hipertensão, doença vascular periférica e diabetes) que podem interferir na resposta imunológica do organismo ou no tratamento. De acordo com o estudo ainda, mulheres, maiores de 45 anos, praticantes de esportes ou com histórico pessoal da doença, apresentaram maior chance de adquiri-la. O estudo também apontou que a micose tem maior ocorrência nas unhas dos pés, especialmente no dedo hálux (dedão).Outro fator apontado como facilitador para o desenvolvimento de micoses é o trauma repetitivo das unhas durante a prática esportiva: 31% dos pacientes avaliados que praticavam esportes regularmente apresentavam a doença.

Prevenção - Para evitar que as micoses de unha terminem sendo a porta de entrada para outras infecções, a saída é apostar em prevenção. Segundo a micologista do laboratório Sabin Maria das Graças Santana Araújo, o primeiro passo é reduzir a umidade, por isso mesmo, o ideal é fugir de sapatos apertados e reduzir o uso desse calçado, dando preferências às sandálias abertas. “Se o uso do sapato for inevitável, vale a pena fazer uso alternado deles, então se usar um calçado hoje, vale a pena deixá-los tomando sol nos dois seguintes e só fazer novo uso deles no terceiro dia”, esclarece a especialista. Maria das Graças também orienta que se for usar meias, que elas sejam sempre de algodão e trocadas diariamente. “Outros tecidos terminam retendo a umidade do suor e facilitando a contaminação por meio de qualquer pequenos descolamento da unha”, explica a micologista. A limpeza também é importante para evitar que a unha seja acometida por fungos. Assim, a orientação é lavar bem os pés durante o banho, não esquecer de secar muito bem a unha e as regiões de pele entre os dedos. Ela diz ainda que o ideal seria secar a unha dos pés com um secador. “Os sapatos também precisam ser higienizados para garantir que os fungos não se proliferem”, pontua a médica Camila Cazerta.

Tratamento - A dermatologista Camila Cazerta pontua que ao perceber qualquer alteração na cor das unhas, coloração esbranquiçada ou massinhas por baixo das unhas é preciso buscar um especialista para realizar uma avaliação dermatalógica e iniciar o tratamento. No caso das micoses de unha, além de erradicar o fungo, o tratamento deve evitar que ocorram novas proliferações. O tratamento também pode combinar duas terapêuticas: utilizar medicamento de uso tópico, como esmalte terapêutico, ou um remédio de uso oral, dependendo da gravidade da doença. A avaliação será feita pelo médico dermatologista. (Correio)

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