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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Mãe de jovem que realizou suicídio assistido rebate críticas do Vaticano

A mãe da americana Brittany Maynard, que estava com câncer terminal e realizou um suicídio assistido no dia 1º de novembro, criticou os comentários feitos pelo Papa Francisco sobre o caso – o pontífice classificou o movimento pelo direito de morrer como um “pecado contra Deus”.

O principal oficial de bioética do Vaticano também chamou de “repreensível” a morte de Brittany, que tinha 29 anos. Ela foi diagnosticada em janeiro com um glioblastoma, um tumor no cérebro, e mais tarde ouviu dos médicos que só teria seis meses de vida.

“Censurar uma escolha pessoal como repreensível porque ela não vai de acordo com a crença de outra pessoa é imoral”, disse Debbie Ziegler, mãe de Brittany, em uma carta divulgada pela organização Compassion & Choices (Compaixão e Escolhas), que luta pelo direito à morte com dignidade e que apoiou a jovem, segundo o jornal "New York Daily News".

“A escolha de minha filha de 29 anos por morrer gentilmente ao invés de sofrer uma degradação física e mental e dores intensas não merece ser classificada como repreensível por estranhos em um continente distante, que não sabem das particularidades da situação”, afirmou.

Ela acrescentou que, como uma professora, ela reserva a palavra “repreensível” para pessoas como ditadores tirânicos e pedófilos.

“Acho difícil acreditar que alguém que a conhecida iria selecionar essa palavra para descrevê-la. Ela era voluntária, era professora, ela trabalhava para tornar o mundo um melhor lugar para viver.”

Debbie disse que os comentários do Vaticano feriram sua família em um momento de luto. “O direito de morrer para aqueles que são doentes terminais é uma questão de direitos humanos.” Foto: AP Photo - Fonte: G1

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