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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Escola proíbe entrada de aluna com cabelo azul

Uma aluna de 16 anos do 2.º ano do ensino médio de Uberaba, no Triângulo Mineiro, foi proibida pelo diretor da escola de assistir às aulas por ter pintado o cabelo de azul. O polêmico caso ocorreu no Colégio Cenecista Dr José Ferreira.

Indignado, o pai da adolescente, o advogado Guilherme Diamantino, já matriculou a filha em outra instituição e estuda acionar a Justiça pelo constrangimento imposto à estudante.

Ele contou que o diretor do colégio, Danival Roberto Alves, chamou a menina na última segunda-feira e disse que ela precisava "se adequar à disciplina da escola ou teria de se retirar".

"Fui à escola no mesmo dia e conversei com o diretor. Deixamos acertado duas coisas: uma que eu falaria com minha filha e ela decidiria se queria ficar ou não. Se ela não quisesse, eu teria um tempo para procurar outra escola", relatou o advogado. Na terça-feira, a garota assistiu à aula normalmente. Na quarta-feira, porém, ela foi barrada pelo porteiro.

O pai diz que desde então o diretor não mais o atendeu. "Ele combinou uma coisa e fez diferente." Procurada, a direção da escola informou que não iria se pronunciar.

A história ganhou as redes sociais, onde Diamantino fez um desabafo e vários estudantes declararam apoio à adolescente. A aluna deu uma única entrevista, a um blog, onde descreveu como foi barrada. "Foi extremamente humilhante, e na frente de todos."

Para Mário Lúcio Quintão Soares, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB), a decisão da escola fere o direito básico à dignidade e à identidade da pessoa humana. "Em hipótese alguma o educador pode coibir o comportamento dela de pintar o cabelo de azul", disse. "Foi uma decisão conservadora, atrasada, anacrônica. Essa escola prestou um desserviço à educação", acrescentou Quintão.  Da Agência Estado

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