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Meninos que foram concebidos com a ajuda de tratamentos de fertilidade podem enfrentar os mesmos problemas quanto decidirem ter filhos. De acordo com um estudo publicado quarta-feira no periódico científico Human Reproduction, filhos de pais que precisaram realizar um tratamento chamado injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI, na sigla em inglês) para conceber herdaram a baixa fertilidade de seus pais.
A técnica, desenvolvida na década de 1990 para ajudar os homens com problemas nos espermatozoides – baixa contagem, forma anormal ou baixa motilidade – a terem filhos e consiste em selecionar um espermatozoide e boa qualidade e injetá-lo diretamente no óvulo, em um procedimento feito em laboratório. Com informações da VEJA.com
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Bruxelas, na Bélgica, onde o método foi desenvolvido, analisou 54 homens com idades entre 18 e 22 anos nascidos de ICSI e comparou-os com 57 homens da mesma idade que foram concebidos naturalmente (grupo de controle).
Os resultados mostraram que os participantes nascidos de ICSI tinham quase a metade da concentração de espermatozoides e uma contagem até duas vezes mais baixa de esperma total e espermatozoides móveis, em comparação com o grupo de controle. Os pesquisadores concluíram também que esses homens foram quase três vezes mais propensos a ter concentrações de esperma abaixo no nível considerado “normal” pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 15 milhões por mililitro de sêmen – e quatro vezes mais propensos a terem contagens totais de esperma abaixo de 39 milhões.