Os exportadores brasileiros têm renegociado condições com compradores norte-americanos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Antes das tarifas, os Estados Unidos importavam cerca de 2 milhões das 10 milhões de sacas exportadas anualmente pelo Brasil, segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Com a sobretaxa, o volume mensal destinado a estados como Califórnia, Nova York e Oregon caiu de 150 mil para 50 mil sacas.
Os cafés especiais, considerados os mais valorizados do país, têm sacas de 60 quilos vendidas por mais de R$ 3 mil. O diretor-executivo da BSCA, Vinícius Estrela, afirmou que o impacto foi “dramático” e que a incerteza sobre um acordo comercial faz importadores atrasarem embarques e recorrerem a estoques. Ele alertou que o atraso nas negociações pode levar o Brasil a perder espaço no mercado americano para concorrentes como Colômbia, Panamá, Etiópia, Quênia e Indonésia.
Para reduzir prejuízos, exportadores brasileiros têm renegociado condições com compradores norte-americanos. A Três Corações, maior empresa do setor no país, ajustou preços e margens em parceria com distribuidores dos Estados Unidos para manter as exportações. Segundo o presidente da companhia, Pedro Lima, o acordo permitiu preservar os negócios sem interrupções.
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