Monique de Carvalho - SNB
Os jovens da Europa encararam o desafio e conseguiram resolver um problema de geometria que ninguém conseguia há 300 anos. Prince Rupert (esq) e Jakob Steininger (dir).
- Foto: Mr. Steininger

O feito foi alcançado por Jakob Steininger, do órgão federal de estatísticas da Áustria, e Sergey Yurkevich, pesquisador da empresa A&R Tech, ambas na Europa. O desafio remonta ao século XVII, quando o príncipe Rupert do Reno e o matemático John Wallis discutiram se seria possível perfurar um cubo de modo que outro, do mesmo tamanho, passasse por ele.
O príncipe venceu a aposta, e o conceito ficou conhecido como Propriedade de Rupert, usado por séculos como base para experimentos com figuras tridimensionais. Agora, Steininger e Yurkevich apresentaram um novo sólido geométrico que quebra essa regra, uma forma de 180 lados que desafia a intuição e reabre o debate sobre os limites da geometria espacial.
A paixão pela matemática
O resultado foi publicado na revista Quanta Magazine e chamou atenção da comunidade científica internacional.
Apesar da relevância do feito, Steininger e Yurkevich afirmam que o trabalho foi feito no tempo livre, motivado apenas pela curiosidade e pelo prazer de resolver enigmas antigos.
“Somos apenas matemáticos apaixonados por desafios como esse”, disse Steininger em entrevista. “Vamos continuar procurando novos problemas para resolver.”
Um desafio de 300 anos
A história começou com uma aposta entre dois estudiosos do século XVII. O príncipe Rupert, que também era cientista e metalúrgico, acreditava que seria possível perfurar um cubo e fazer outro cubo, do mesmo tamanho, atravessar o buraco. John Wallis, matemático renomado da época, duvidava. Rupert acabou provando estar certo, e o fenômeno ficou conhecido como “túnel de Rupert”.
Com o passar dos séculos, outros estudiosos tentaram aplicar o mesmo raciocínio a figuras mais complexas, como tetraedros, octaedros e dodecaedros, e sempre encontraram uma forma de fazer um sólido passar por outro idêntico, mesmo que por um espaço minúsculo. Mais no sonoticiaboa
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