Deputada está presa na Itália após dois meses foragida da Justiça brasileira
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Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL), Fábio Pagnozzi, descartou que a cliente fará qualquer acordo de “delação premiada” no Supremo Tribunal Federal caso ela retorne ao Brasil.
A declaração de Pagnozzi ocorre após o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, afirmar que a deputada teria esse tipo de articulação na Corte para reduzir a pena de dez anos de prisão.
Fábio Pagnozzi pontuou que “não existe” qualquer possibilidade de Zambelli delatar aliados. O jurista classificou a declaração do titular da pasta como “patética”.
“Fico até abismado. Chega a ser patético. Como um ministro de Estado tenta falar pela defesa da Carla Zambelli? Se a Carla tivesse algo a falar, ela já teria falado há muito tempo. Acho totalmente descabido um ministro do governo falar uma coisa dessas”, disse Pagnozzi em entrevista ao portal Metrópoles.
A delação premiada é usada para que um investigado ou réu colabore com as autoridades com informações relevantes sobre os crimes. O instrumento jurídico permite uma troca de benefícios como: progressão do regime, perdão de pena e redução da pena.
Condenação
Carla Zambelli está presa em Roma, na Itália, após dois meses foragida do Brasil. A deputada foi condenada a dez anos de prisão e perda do mandato pelo Supremo.
Até o momento, não há confirmações da extradição de Zambelli ao Brasil. Na Itália, a parlamentar está no maior presídio feminino do país, que sofre com superlotação.
A deputada foi presa em 29 de julho. Através de um vídeo compartilhado nas redes sociais, a bolsonarista revelou ter se entregado e cravou não voltar ao Brasil para cumprir a sentença.
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