Com média de 50 kg por pessoa ao ano, argentinos ainda estão no topo do consumo global

O aumento é resultado da política do presidente Javier Milei, que manteve o peso argentino valorizado, facilitando importações mesmo com a inflação ainda alta. O tradicional asado argentino continua sendo item sensível para o eleitorado, principalmente em ano de eleição legislativa.
Embora o país produza cerca de 250 mil toneladas de carne por mês, importar do Brasil faz parte da estratégia de Milei para abrir a economia e conter a alta dos preços internos. Em Buenos Aires, o preço da carne subiu 53% em junho, bem acima da inflação geral de 39%.
Com o câmbio ainda forte — cerca de 1.360 pesos por dólar —, o produto brasileiro ficou mais competitivo. Segundo o analista Diego Ponti, da AZ Group, alguns frigoríficos ou compradores próximos à fronteira têm feito aquisições pontuais, embora os volumes ainda sejam pequenos.
Enquanto isso, frigoríficos argentinos chegaram a pagar até US$ 5 por quilo de boi gordo neste ano. No cenário externo, o Brasil pode desviar mais carne para a China, após os EUA imporem tarifa de 50% sobre o produto brasileiro, o que deve impactar os preços no mercado internacional.
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