Foto: Reprodução
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), decidiu pedir demissão do cargo nesta terça-feira (08/04), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto desvio de emendas parlamentares. Fonte: Com informações do Metrópoles
A decisão começou a ser desenhada durante um almoço reservado na casa do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, em Brasília. O encontro contou com a presença da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), além dos líderes do partido na Câmara e no Senado, o ministro do Turismo Celso Sabino e o próprio Juscelino Filho. Segundo relatos, o almoço já estava marcado antes mesmo de a denúncia da PGR vir a público.
Durante a conversa, Gleisi sinalizou que o Palácio do Planalto esperava que o próprio Juscelino tomasse a iniciativa de deixar o cargo, evitando que o presidente Lula tivesse que demiti-lo diretamente. Após o encontro, os caciques do União Brasil se reuniram reservadamente, sem a presença da ministra, e decidiram que o ministro deveria se afastar. A avaliação foi de que, permanecendo no cargo, ele ficaria ainda mais exposto às investigações. Juscelino, então, foi aconselhado a pedir demissão para “se preservar”.
A expectativa é de que a carta de demissão seja entregue ainda nesta terça-feira. O substituto deverá ser outro nome do União Brasil, mantendo o espaço do partido na Esplanada. Um dos mais cotados é o deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), atual líder da legenda na Câmara, que também participou do almoço com Gleisi e viajou com Lula ao Japão e Vietnã no final de março.
A saída de Juscelino cumpre ainda uma promessa feita por Lula em 2024. Na ocasião em que o ministro foi indiciado pela Polícia Federal, o presidente afirmou publicamente que o manteria no cargo apenas até uma eventual denúncia da PGR.
“O que eu disse para o Juscelino: ó, primeiro, a verdade só você que sabe. Então é o seguinte: se o procurador indiciar você, você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento, você continua como ministro”, disse Lula em entrevista ao portal UOL. “Se for aceito [o indiciamento], vai ser afastado”, completou.
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