Clube espanhol chegou a transferir R$ 6 milhões a fraudador que se passou por agente do atacante
Foto: FC Barcelona
A transação de compra de Lewandowiski aconteceu no mês de julho daquele ano. Dirigentes do Barça receberam um e-mail de um endereço com o nome do empresário israelense solicitando o depósito de uma parte da comissão prevista na assinatura do contrato, no valor de um milhão de euros a uma conta no Chipre, aberta a cerca de um mês em nome do suposto advogado Michael Hermanus Gerardus Demon. O pagamento foi feito pelo clube, porém a transferência foi bloqueada pelo banco que considerou a movimentação de alto risco, já que a conta nunca havia recebido qualquer valor anteriormente.
O Barcelona confirmou ter sido vítima do golpe. No entanto, o dinheiro não chegou ao golpista e que já foi recuperado pelo clube. As investigações apontaram que Michael Hermanus Gerardus Demon não é advogado, mora na Holanda, tem 51 anos e não tinha conhecimento do caso. Além disso, a conta foi aberta no banco do Chipre com documentação roubada. Apesar disso, a instituição financeira defendeu seus protocolos considerando ser impossível que a abertura tenha sido feita com documentos roubados. O golpista enviou uma série de e-mails pressionando o clube espanhol para fazer o pagamento de parte da comissão, ameaçando até denunciar na Uefa. Pini Zahavi disse que ficou sabendo do caso um mês depois de concretizar a transferência de Lewandowiski. Na ocasião, ele foi perguntado se teria solicitado alguma transferência e disse que não havia mandado os e-mails ao clube.
Lewandowiski foi contratado pelo Barcelona por 45 milhões de euros (R$ 277 milhões) fixos e mais 5 milhões de euros (R$ 30 milhões) em bônus e variáveis. O polonês assinou por quatro temporadas e receberá 104 milhões de euros (R$ 640 milhões). A comissão do agente é de 10% do valor, isto é 10,4 milhões de euros (R$ 64 milhões). O atacante já disputou 106 jogos pelo Barça no total, marcou 71 gols e deu 18 assistências.
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