O partido de Milei apresentou um projeto de lei no Parlamento para voltar atrás na legalização do aborto
Foto: Divulgação/Prensa Diputados
O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que considera o aborto “assassinato” e é contrário à legalização da prática no país. O interrupção da gravidez foi aprovada pelo Legislativo em 2020 e sancionada pelo seu antecessor, Alberto Fernández. Milei falou sobre o assunto nesta quarta-feira (6).
“Para mim, o aborto é um assassinato agravado pelo vínculo”, disse o presidente, em referência à ligação entre a gestante e o feto. “Posso mostrar-lhes isso de uma perspectiva matemática, filosófica, do liberalismo, e da biologia”, disse. Milei deu as declarações dois dias antes do Dia Internacional da Mulher, falando a estudantes da escola onde cursou o ensino médio, o colégio católico Cardeal Copello, em Buenos Aires.
Milei se referiu a quem apoiou a aprovação da prática no país como “os assassinos dos lenços verdes” —o adereço virou símbolo da luta feminista pela legalização do aborto na Argentina e em outros países. Esta semana, a França se tornou o primeiro país a incluir em sua Constituição a liberdade da mulher de abortar, em um sinal do governo Emmanuel Macron de proteção da prática, que era legalizada desde 1975.
Milei trabalha para retomar a criminalização – O partido de Milei, A Liberdade Avança, apresentou um projeto de lei no Parlamento para voltar atrás na legalização do aborto e voltar a criminalizar a prática, mas o governo esclareceu depois que esse tema não é prioritário. O aborto é legalizado na Argentina e pode ser realizado a pedido da gestante até as 14 semanas de gestação.
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