Foto: Reprodução/Freepick
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou, nesta terça-feira (19), que em 2024 os principais recordes climáticos globais, já quebrados no ano anterior, podem ser ainda piores. A preocupação maior é o aquecimento dos oceanos e a redução do gelo marinho. Por
Em um relatório anual sobre o estado climático global, a agência meteorológica da Organização das Nações Unidas (ONU) informa que as temperaturas médias atingiram o nível mais alto em 174 anos de documentação por margem clara, atingindo 1,45 °C acima dos níveis pré-industriais.
Além disso, as temperaturas dos oceanos, em 65 anos de dados, chegaram ao maior índice, registrando mais de 90% de mares que enfrentam condições climáticas quentes durante o ano. Segundo a OMM, essas condições prejudicam os sistemas alimentares. “A comunidade está soando o Alerta Vermelho ao mundo”, afirma a secretária-geral do órgão, Celeste Paulo.
A secretária ainda ressalta que o quadro é quase que irreversível. “O que testemunhamos em 2023, especialmente com o calor sem precedentes dos oceanos, o recuo dos glaciares e a perda de gelo marinho na Antártida, é motivo de particular preocupação”, disse. Em 2023, as alterações climáticas, provocadas pela queima de combustíveis fósseis e o surgimento do padrão climático natural El Niño, levaram o mundo para um território recorde.
O relatório divulgado nesta terça-feira revelou uma redução drástica no nível de gelo marinho na Antártica, com um nível máximo de 1 milhão de quilômetros quadrados inferior ao registrado anteriormente, equivalendo a uma área do tamanho do Egito. As temperaturas mais altas dos oceanos afetam os delicados ecossistemas marinhos e muitas espécies de peixes fugiram desta área para o norte em busca de temperaturas mais frias.
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