De acordo com o advogado Marco Yaulema, Villavicencio havia sido ameaçado diversas vezes por criminosos e o governo não garantiu a segurança dele
Foto: Divulgação/Campanha Villavicencio
Após o assassinato a tiros do candidato presidencial Fernando Villavicencio no Equador, seus familiares entraram com uma ação contra o governo e os líderes da polícia, alegando o crime de “assassinato por omissão dolosa”. A justificativa é que as instituições não garantiram a segurança do ex-jornalista, conforme relatado pelo advogado da família nesta sexta-feira, 18.
Segundo Marco Yaulema, o advogado, Villavicencio havia recebido ameaças repetidas de criminosos que se sentiam incomodados com as denúncias que ele compartilhava em suas redes sociais. Por essa razão, argumentava-se que era imperativo ter um esquema de segurança mais robusto durante o comício no qual ele participou em 9 de agosto. Nesse dia, ele foi alvo de tiros disparados por um mercenário colombiano.
Yaulema apontou o presidente equatoriano, Guillermo Lasso; o ministro do Interior, Juan Zapata; o comandante da polícia, general Fausto Salinas; e o chefe de inteligência, Manuel Samaniego, como responsáveis pela falta de proteção adequada. Ele afirmou que Villavicencio “estava sob ameaça das máfias, e todos estavam cientes disso, incluindo o Estado”. O advogado enfatizou que as falhas no esquema de segurança facilitaram o assassinato.
Um vídeo registrou o momento em que o candidato estava do lado direito de uma van sem blindagem. No lado oposto, um pistoleiro colombiano, conforme autoridades confirmaram, disparou duas vezes em seu rosto e uma vez nas têmporas. O assassino tentou fugir antes de ser neutralizado pelo guarda-costas do político.
A família alegou que o número insuficiente de agentes responsáveis pela segurança do candidato e a falta de prontidão do motorista do veículo contribuíram para a tragédia.
“Não havia absolutamente nada (segurança), estamos dizendo que o Estado equatoriano não garantiu a vida de um candidato à presidência da República”, insistiu o advogado, acompanhado de familiares de Villavicencio.
Em um comunicado, o ministério do Governo rebateu e expressou seu “total rechaço às denúncias apresentadas” e solicitou que não “se politiza o caso e que se permita avançar com as investigações”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário