Washington, 15 Jan 2019 (AFP) - O americano de 21 anos acusado de assassinar um casal e sequestrar sua filha de 13 anos escolheu seu alvo quando a adolescente subia em um ônibus escolar, segundo seu depoimento publicado nesta segunda-feira.
Jake Patterson deu o depoimento por vídeo a partir de sua cela, ao juiz do condado de Barron, no estado do Wisconsin.
O jovem foi denunciado por homicídio e sequestro e deve ser condenado à prisão perpétua.
Patterson admitiu ser o autor dos crimes logo após ser detido, após a fuga da adolescente Jayme Closs, que foi mantida em cativeiro durante quase três meses em uma zona isolada na região dos Grandes Lagos.
Patterson explicou como assassinou James e Denise Closs, de 56 e 46 anos, respectivamente, no dia 15 de outubro na casa da família nos arredores da cidade de Barron, apenas para sequestrar a adolescente.
O assassino, que não tinha trabalho fixo, viu Jayme subir no ônibus pela manhã, e mesmo sem conhecê-la soube que "era a menina" que iria sequestrar, segundo os investigadores. www.bol.uol.com.br
Antes de executar seu plano, foi ao menos duas vezes até a casa dos Closs, mas desistiu devido à presença de visitantes.
Armado com uma escopeta de seu pai, voltou ao local no dia 15 de outubro, após cortar o cabelo e fazer a barba. Colocou luvas e um capuz.
Assim que chegou à casa, matou o pai na porta principal, antes de arrombar a porta do banheiro, onde Jayme e a mãe se refugiaram.
Depois de ordenar à Denise Closs que tapasse a boca da filha, atirou na cabeça da mulher e sequestrou Jayme, que foi colocada no porta-malas do carro.
Patterson manteve a adolescente cativa em sua casa, em uma área isolada nos arredores de Gordon, 100 km ao norte de Barron.
Quando recebia visitas, obrigava a adolescente a se esconder debaixo da cama e aumentava o rádio para encobrir qualquer ruído.
Com ameaça, obrigava a jovem a ficar debaixo da cama sempre que saía de casa, mas na quinta-feira passada Jayme escapou.
Após uma noite no hospital, foi entregue à tia na sexta-feira passada. Seu avô, Robert Naiberg, declarou que a menina "está excepcionalmente consciente de tudo o que viveu".
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