por Folhapress**Foto: Reprodução / Facebook
A Polícia Militar do Rio prendeu na noite de quarta-feira (16) um dos suspeitos ao ataque a tiros contra o carro da deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ), ocorrido no último domingo (13) na Penha, zona norte da cidade.
O carro em que estavam a deputada, sua mãe de 88 anos e seu motorista foi interceptado por criminosos que dispararam tiros de fuzil e pistola contra o veículo, que foi perseguido pela avenida Brasil até despistar os agressores.
Policiais do 16º BPM (Olaria) prenderam um dos suspeitos de envolvimento. A polícia identificou outros dois suspeitos e busca identificar um quarto ocupante do carro em que estavam os criminosos. A Polícia Civil descartou que o crime tenha sido uma tentativa de execução. A principal linha de investigação seria tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
O suspeito preso na quarta foi identificado como Jonathan Aguiar dos Santos. Ele foi preso após roubar um carro em Brás de Pina, também na zona norte. Dois outros suspeitos foram presos na mesma ação, nenhum deles com relação com o caso da parlamentar.
Os criminosos teriam reagido a aproximação policial e houve troca de tiros. Um quarto suspeito morreu no local depois de ser ferido pela explosão de uma granada. Segundo a Polícia Civil, Jonathan confessou na delegacia participação no caso da deputada Martha Rocha. O depoimento foi encaminhado à Delegacia de Homicídios, que apura o caso.
O carro de Martha Rocha, que é ex-chefe de Polícia Civil do Rio, foi interceptado no último domingo, quando a deputada levava sua mãe à missa. No caminho da igreja, um veículo branco encostou na traseira do seu e um homem de roupas pretas, luvas e capuz, colocou o corpo para fora da janela e disparou com um fuzil.
O motorista da deputada, que é subtenente da reserva da PM, acelerou com o carro e chegou a ser perseguido pelos criminosos até a avenida Brasil, uma das vias mais importantes da cidade. Mais a adiante, ele conseguiu despistar os agressores.
No relato de Martha Rocha, seu carro, que era blindado, só parou de andar porque dois pneus tinham sido perfurados e porque o motorista havia sido ferido no tornozelo direito. Ele foi levado ao hospital, tratado e liberado no mesmo dia. A deputada e sua mãe não sofreram ferimentos.
No domingo, a deputada declarou que em novembro passado recebeu a informação de que havia três notícias de ameaça de morte contra ela relatadas ao Disque Denúncia. As ameaças, disse ela, teriam partido de "setores da milícia", sem dar maiores detalhes.
O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), prometeu pronta resposta da polícia sobre o caso. Nesta quarta-feira (16), o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, afirmou que está descartada a hipótese de uma tentativa premeditada de assassinato.
"Com 72 horas [do fato ocorrido], a polícia não tem dúvida nenhuma de que não se trata de tentativa de homicídio", disse Giniton Lages, delegado titular da DH. Na própria quarta, a deputada, atualmente sob escolta policial 24 horas por dia, afirmou que não mudou sua rotina e que confia que a polícia irá encontrar os envolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário