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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

"Mensalinho" rendia até R$ 3,5 mil para vereadores apoiarem prefeito, diz procurador

DIÁRIO ONLINE
Procurador-geral Paulo Passos diz que provas contra políticos são contundentes
A prisão do prefeito de Ladário, Carlos Ruso (PSDB), de sete dos onze vereadores e do secretário de Educação do Município, Helder Botelho, é resultado de investigação iniciada pela Promotoria do Patrimônio Público de Corumbá que recebeu denúncia da existência do pagamento de "mensalinho" para que os parlamentares garantissem apoio político ao prefeito. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo". 

"O caso foi compartilhado com a Procuradoria-Geral de Justiça, uma vez que compete ao procurador a investigação de crimes praticados por prefeitos. Fizemos a apuração, a investigação, solicitamos medidas cautelares ao Tribunal de Justiça que foram concedidas e em razão disso ajuizei uma denúncia em desfavor do prefeito municipal de Ladário e diversos políticos. Denúncia essa onde eu pedi algumas medidas, dentre elas, a prisão preventiva dele e vários outros agentes políticos, o que foi deferido pelo desembargador Emerson Cafure da seção criminal e foram cumpridas essas medidas pelo Gaeco por minha determinação", explicou o Procurador-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, Paulo Cezar dos Passos, que veio a Corumbá acompanhar o desenrolar da operação no município vizinho.

Segundo ele, o "mensalinho" vinha sendo pago há pelo menos um ano, mas ainda não há o montante do acerto político. "Eram pagos valores de R$ 3.500, R$ 1.500, R$ 2.500, para membros da Câmara Municipal darem o apoio político ao prefeito de Ladário, segundo foi desvelado pelas investigações do Ministério Público", frisou. O salário mensal de um vereador é de R$ 6 mil. Os parlamentares acusados de participar do "conluio", teriam até mesmo barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde. 

Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Prefeito Carlos Ruso é acusado de pagar para ter apoio político de vereadores
O procurador ressaltou que pediu a prisão preventiva (por tempo indeterminado) e o afastamento do cargo dos acusados, porque as provas obtidas durante a investigação são "contundentes" e muito graves. "Havia a necessidade do afastamento dessas pessoas do comando do município de Ladário e do Legislativo e também havia necessidade da prisão preventiva para evitar que esses crimes continuem a ser cometidos. Leia mais em http://www.jornaltabloide.com

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