Vera Magalhães
Virou um jogo de empurra a lambança do edital de regras para a aprovação de livros didáticos do MEC que, na transição dos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, teve suprimidas regras que previam controle de erros, a óbvia obrigatoriedade de referências bibliográficas, a proibição da publicidade para crianças e definições de conteúdos como valorização do papel da mulher e representação da diversidade étnica brasileira.
A disposição de Jair Bolsonaro e de seus auxiliares de empurrar a encrenca para o antecessor esconde o fato de que a equipe de transição já estava no MEC desde novembro.
Em outubro, uma versão do mesmo edital não previa as mudanças bizarras. Por fim, elas foram publicadas já na vigência do novo governo e, diferentemente de outros casos em que o “pente-fino” da equipe de Bolsonaro determinou revogações, esta só vai ser cancelada depois do barulho da imprensa. Nada mais velha política que empurrar para o adversário a responsabilidade por atos do governo.
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