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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Estudantes criam tijolo sustentável com garrafa pet e areia em MT

Segundo eles, bloco fica tão firme e resistente quanto o tradicional. Pretendem patentear o produto e colocá-lo a venda no mercado.

Do G1 MT
Tijolo é recheado com garrafa pet triturada (Foto: Reprodução/ TVCA) (Reprise da matéria do dia 31/12/2015 12h43 - Atualizado em 31/12/2015 12h43)

Depois de vários testes e pesquisas, o resultado saiu. Um tijolo sustentável, feito com garrafa pet e areia. A ideia é dos alunos do ensino médio do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) de Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, orientados pelo professor de química José Ivo Fernandes. Ele garante que o tijolo pode trazer vários benefícios, como a economia da energia. 

“Podemos observar em alguns testes feitos, que ele é um excelente isolante térmico. Então, para as residências cujas fachadas ficam recebendo alta incidência de calor durante o dia, ao usar esse tijolo, nós podemos trazer essa economia de energia”, explicou.

A fórmula para fazer o tijolo é simples, o estudante Manoel Augusto Oliveira, que faz parte do projeto, explica que é preciso de poucos elementos. “Nós utilizamos o flake [pequenos flocos de pet], moído na fábrica e também a areia. Conseguimos aglutinar o pet com a areia para conseguir ter a resistência, aderência e a característica de isolante térmico”, disse.
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Depois disso, a mistura vai para uma máquina, parecido com um forno. Com o calor o pet derrete, se mistura com a areia e depois de cerca de uma hora mais ou menos: um bloco tão firme e resistente quanto o tradicional. Até o peso é parecido, só a cor que é um pouco mais escura do que o normal.

Professor diz que tijolo é resistente como o outro comum. (Foto: Reprodução/ TVCA)
De acordo com o professor José Ivo, esse investimento pode ficar entre 40 e 60% mais barato que o método comum. Além da economia com a troca dos tijolos convencionais por esse material, seria a redução da quantidade de plástico que é jogada nos aterros, local onde o pet, por exemplo, demora 400 anos para se decompor.

“Por muito tempo, o ser humano buscou ter uma casa e essa busca degradou a natureza e o nosso projeto quer reverter esse processo, transformar esse produto que está jogado, em uma tecnologia que traga bem tanto para natureza, quanto para as pessoas”, disse a estudante Caroline Gomes Candeias.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Pet (Abipet), no brasil são recicladas mais de 330 mil toneladas de embalagens pet, ainda é pouco, pois quase a metade de tudo que é produzido e descartado ainda não é reaproveitado.

Apesar de existirem projetos semelhantes no país, o professor e alunos garantem de que a fórmula deles é original. Por isso, pretendem patentear o produto e colocá-lo a venda no mercado. O experimento já vem ganhando destaque em feiras e mostras científicas. O projeto já foi apresentado em um congresso realizado no Rio Branco no Acre.

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