Ontem, o Estadão publicou novas regras do MEC para a compra dos livros didáticos que todas as escolas públicas do país utilizam.
O texto trazia mudanças significativas como a retirada dos parágrafos que garantiam que a obra deveria “estar isenta de erros de revisão e /ou impressão”; a retirada da exigência de que as ilustrações retratem “adequadamente a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país” e de que é obrigatório “promover positivamente a cultura e a história afro-brasileira, quilombola, dos povos indígenas e dos povos do campo, valorizando seus valores, tradições, organizações, conhecimentos, formas de participação social e saberes”; a parte em que se fala de “especial atenção para o compromisso educacional com a agenda da não-violência contra a mulher” também havia sido retirada.
Depois que o Estadão publicou a matéria, em que apontava que o texto foi reificado no dia 28 de dezembro, quando a equipe de Bolsonaro trabalhava na transição dentro do MEC e as alterações foram publicadas no Diário Oficial do dia 2 de janeiro, quando Ricardo Vélez Rodriguez já era o ministro, o governo puxou o freio de mão e fez meia-volta.
E começou o tiroteio de acusações. O atual governo, acusa funcionários. Funcionários se defendem. As editoras que participam de licitações se assustam com a fragilidade da área. E agora o MEC vai abrir sindicância para tentar explicar o que aconteceu.
O principal ponto, no entanto, é saber por que o texto foi publicado e só comentado e reprovado depois da matéria do Estado de S. Paulo.
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