Da Reuters, em Caracas***Maxim Shemetov/Pool Photo via AP
Na Venezuela, os preços de bens de consumo e serviços tiveram um aumento de 1,3 milhão por cento nos últimos doze meses, como consequência da hiperinflação e da recessão econômica que afetam o país desde 2012. Os dados foram divulgados pela Assembleia Nacional, que é controlada pela oposição ao governo de Nicolas Maduro.
No início deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia previsto que a inflação superaria 1 milhão por cento em 2018 e que pode chegar a 10 milhões por cento em 2019. Ainda segundo relatório da Assembleia Nacional, a inflação mensal desacelerou e chegou a 144% em novembro - em outubro foi de 148%; em setembro, o índice marcou 233%.
Em agosto, o salário mínimo mensal ficou 60 vezes maior, mas ainda assim os venezuelanos continuaram reclamando que não conseguiam comprar itens básicos. Como nova medida para combater a hiperinflação, Nicolas Maduro anunciou um novo aumento de 150% no valor. Com isso, o salário mínimo chega a 4,5 bolívares (menos de US$ 10 na taxa de câmbio do mercado negro).
O presidente venezuelano aproveitou a ocasião do anúncio do novo valor para culpar os Estados Unidos e uma "guerra econômica" por interesses comerciais domésticos como motivos da crise econômica do país. Já os opositores ao governo Maduro criticam suas políticas intervencionistas e a impressão de dinheiro como causas da escassez de produtos básicos e da hiperinflação.
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