por Luís Curro | Folhapress**Foto: Divulgação
“Temos a opção de pedir a rescisão de nossos contratos e decidimos recorrer a esse direito pois entendemos que a situação é insustentável. Acreditamos não haver outra saída para garantirmos nossos direitos.”
Desse modo o zagueiro Jesús Olmo capitão do Reus Deportiu, da Espanha, anunciou nesta semana que ele e seus companheiros romperão coletivamente com o clube na segunda-feira (17).
O motivo: pendências financeiras da direção da agremiação com os jogadores.
Caso o discurso seja de fato levado adiante, a partida deste sábado (15), em casa, diante do Córdoba, será a última de Olmo e companhia com a camisa rubro-negra do time da Catalunha, que disputa a segunda divisão (Liga Adelante) do Campeonato Espanhol.
O Reus, que subiu da Terceirona para a Segundona em 2016, faz campanha ruim (4 vitórias, 4 empates e 9 derrotas) e começou a 18ª rodada, de um total de 42, na zona de rebaixamento, à frente apenas do Córdoba e do Gimnastic – 22 equipes disputam a Liga Adelante.
A situação insustentável a que se refere o capitão do Reus são os três meses de não pagamento de salários.
“Chegamos a uma situação-limite depois de tantas promessas não cumpridas e ao ver como alguns companheiros estão vivendo em uma condição inadmissível”, afirmou Olmo, que leu um comunicado preparado pelos atletas.
Se os atletas debandarem – pretendem fazê-lo para negociar transferência para outros clubes na janela de negociações de janeiro –, o Reus será eliminado da competição pela Liga Espanhola, já que precisa ter ao menos 12 jogadores profissionais no elenco.
Na tentativa de evitar que o Reus desapareça dos campos, torcedores iniciaram nas redes sociais as campanhas #soscfreus e #salvemelreus.
Uma hora e meia antes do jogo contra o Córdoba (às 15 horas no horário de Brasília), haverá uma marcha de protesto contra o dono do clube, Joan Oliver, nas cercanias do estádio.
O treinador Xavi Bartolo é uma rara voz de esperança. “Na segunda-feira, o clube deve apresentar uma solução.”
As dívidas do centenário clube (fundado em 1909), publicou o jornal AS, chegam a € 5 milhões (R$ 22,15 milhões).
Só a aparição relâmpago de um mecenas salvará o Reus. Para isso acontecer, será preciso acreditar, a dez dias do Natal, em Papai Noel.
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