por Jade Coelho
O procurador da República, Deltan Dallagnol, defendeu, na tarde desta quarta-feira (19), a reversão da decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância (veja aqui). "Nós entendemos que essa decisão contaria o sentimento da sociedade", disse o integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato.
"[A decisão] consagra a impunidade e vai de encontro aos precedentes estabelecidos pelo STF", argumentou Dallagnol, que avaliou a determinação do ministro como "catástrofe". "Uma decisão que tem efeitos catastróficos sobre a eficiência da Justiça Federal em todo o país", disse ao falar que a decisão pode ainda interferir não só na Justiça, mas na possibilidade de realização de investigações.
O procurador disse ainda que a determinação do ministro Marco Aurélio, apesar de interferir no caso, vai muito além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Tem impacto nele, mas não se resume ao caso Lula. Ele se estende a diversos presos por todo o Brasil, mas especial a casos de corrupção e crimes de colarinho branco".
Dallagnol garantiu ainda que a Procuradoria vai fazer o possível e acredita que o STF vai derrubar a decisão. "Estamos cansados de tantas decisões que causam reviravoltas e atrapalham investigações", completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário