Marcello Siciliano | Imagem: Reprodução / TV Globo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do vereador Marcello Siciliano (PHS), na manhã desta sexta-feira (14). O mandado está relacionado aos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, ocorridos em março deste ano.
Em maio, uma testemunha disse à Polícia Civil e à Polícia Federal (PF) que Siciliano planejou a morte de Marielle com apoio do ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica (saiba mais aqui), que atualmente está preso.
Com a operação de hoje, os agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. Segundo informações do G1, o vereador não foi encontrado em casa, mas a esposa dele foi levada para prestar depoimento na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
O secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que a vereadora foi morta por milicianos. Eles a consideravam uma ameaça a negócios de grilagem de terras na Zona Oeste do Rio. "Era um crime que já estava sendo planejado desde o final de 2017, antes da intervenção", explicou.
Marielle atuava em uma área controlada por milicianos, conscientizando moradores na tentativa de regularização fundiária da comunidade Novo Palmares, em Jacarepaguá — a região é reduto político de Siciliano. "Isso causou instabilidade e é por aí que nós estamos caminhando. Mais do que isso eu não posso dizer", resumiu.
Na época que o depoimento veio à tona, o vereador foi ouvido pelos investigadores e negou qualquer envolvimento (veja aqui) no caso.
Além do mandado cumprido hoje, a Polícia Civil também realizou uma operação relacionada às mortes nessa quinta-feira (13). O objetivo era prender milicianos, mas alguns deles são suspeitos de envolvimento no crime (veja aqui).
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