O governo estuda mudanças nas regras de governança da Caixa Econômica Federal que, caso sejam aprovadas, deixarão o banco menos exposto a interferências políticas e independente de recursos do Tesouro. As discussões ocorrem no momento em que a Caixa precisa de dinheiro novo da União, controladora da instituição financeira.
No governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a Caixa foi usada como importante braço do governo para projetos sociais, arcando com o ônus de empréstimos com juros subsidiados. Boa parte das “pedaladas fiscais” foram operações realizadas pelo banco. Essas transações levaram ao impeachment no ano passado da então presidente.
Fontes do governo Michel Temer afirmam que a Caixa vem pedindo recursos, mas o Tesouro Nacional alega que não há dinheiro. O problema não é novo. Em meados do ano passado, alguns analistas de mercado apontavam que a União teria de colocar recursos no banco num prazo entre 12 e 18 meses.
Na mais nova alternativa em estudo, revelada nesta quinta-feira (19) pelo jornal “Valor Econômico”, a Caixa levantaria R$ 10 bilhões com o FGTS. Nessa operação, o Fundo de Garantia compraria “bônus perpétuos” – títulos de dívida sem prazo de pagamento, que pagam juros mais altos – a serem emitidos pela Caixa. O dinheiro vindo do FGTS seria contabilizado como capital de nível 1, de melhor qualidade, facilitando a tarefa da Caixa de cumprir as regras do acordo de Basileia, que estão ficando mais restritivas. LEIA TUDO AQUI
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