Marcela Lemos**Colaboração para o UOL, no Rio
A diarista Marisa Nóbrega morreu dois dias após ser agredida por PM, diz família
A diarista e vendedora, Marisa de Carvalho Nóbrega, 48, morreu dois dias após receber uma coronhada de fuzil na cabeça dada por um policial militar do Bope (Batalhão de Operações Especiais) no último sábado (7), na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, segundo denunciou sua família. A polícia investiga a morte --o sepultamento aconteceria nesta terça-feira (10), mas o corpo passará por exames.
A vítima foi agredida durante uma discussão com policiais que teriam abordado e agredido seu filho de 17 anos que estava na companhia da irmã, da prima e da namorada. De acordo com a denúncia, os policiais queriam que o jovem admitisse ser traficante. O grupo foi revistado e sofreu violência física e psicológica na favela.
"Eles queriam que o jovem assumisse que era traficante, pois estava bem vestido. Ele estava arrumadinho, logo concluíram que era bandido. Começaram a dar tapa na cara de todo mundo até que ele se meteu na frente das meninas. Foi quando os policiais mandaram chamar a mãe dele. Ela chegou perguntando o que estava acontecendo. Começou um bate-boca até que deram um soco no rapaz e uma coronhada de fuzil na cabeça dela", contou uma testemunha que não quis se identificar.
De acordo com parentes, a diarista começou a passar a mal no local. "Após agredi-la, os policiais ainda a acusaram de mentir e fazer drama", conta a testemunha.
Marisa foi levada para casa reclamando de suor intenso e mal-estar até que desmaiou. A família chegou a buscar o primeiro atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região. De lá, a paciente foi encaminhada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na zona norte carioca.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a mulher deu entrada na unidade no sábado com um trauma. A paciente ficou sob os cuidados da equipe de neurocirurgia, mas, na manhã de segunda-feira (9), ela morreu. LEIA TUDO AQUI
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