por Fernando Duarte
Depois do Supremo Tribunal (STF) se apequenar diante do Congresso Nacional, ao transferir para os parlamentares a decisão final sobre o cumprimento de medidas cautelares contra Vossas Excelências senadores e deputados, a semana começa sob a expectativa do destino de Aécio Neves (PSDB-MG). Diante do confuso voto da presidente do STF, Carmen Lúcia, percebe-se que a Corte mais se preocupou em evitar a ampliacão da crise institucional do que cumprir as expectativas dos brasileiros e da própria Constituição, que tanto permitia uma interpretação múltipla que cinco ministros mantiveram a palavra final da decisão contra congressistas sob a égide da Justiça. Porém abriu-se espaço para acreditar que o Senado dará uma "recompensa" a quase subserviência da Suprema Corte: Aécio pode ter as medidas cautelares contra ele mantidas num acordo de cavalheiros - e dama, pois Carmen Lúcia não estaria livre dessa pecha. É claro que essa expectativa é bem otimista, frente ao corporativismo entre pares do Congresso. A política de confrades é viçosa no Brasil e, por mais triste que pareça, conta com anuência das tais instituições que funcionam como muletas para o pragmatismo do cenário provinciano. Aécio é um rei posto. E muitos dos que o cercam querem evitar um destino parecido com o dele. Mesmo que para isso a opinião pública seja obrigada a engolir a seco que o Brasil não é um país muito sério. Afinal, sapos fazem parte do cardápio de todos. BN
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