por Renata Farias*Foto: Divulgação
Principal medida para controle de surtos de febre amarela, a vacina contra a doença é "altamente eficaz", de acordo com o consultor científico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Reinaldo Martins. O pesquisador explicou que estudos mostraram, inclusive, que é possível aplicar doses menores da substância para uma proteção a curto prazo. "Em estudos que fizemos, a vacina de febre amarela em doses muito menores que as usadas atualmente protegem pelo menos por um ano. Nós não sabemos ainda com relação à imunidade a longo prazo, mas não há dúvida que essa estratégia é eficaz para controlar a epidemia", afirmou à imprensa durante o debate "Febre Amarela: Situação Atual e Dificuldades de Controle", nesta sexta-feira (7), no Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia (Ufba). "Precisamos ter mais informações quanto à duração da imunidade. Estamos fazendo atualmente um estudo para saber a duração oito anos depois, mas está apenas no início", completou. A possibilidade de fracionar a vacina contra febre amarela para garantir uma maior cobertura tem sido avaliada pelo Ministério da Saúde. A eficácia da vacina também garante resultados satisfatórios com a aplicação de uma única dose, como foi definido nesta semana (veja aqui). Ainda assim, Martins acredita que a medida deve ser temporária. "Se está havendo escassez de vacina e tem pessoas que não têm nenhuma dose, não é razoável insistir em dar duas doses, já que a segunda é para cobrir falhas que são raras. É desejável ter uma segunda dose, mas não é imprescindível", explicou. "É uma medida que, a meu ver, deve ser temporária. Quando a situação se normalizar, nós vamos voltar a fazer uma dose de reforço", concluiu, ao lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma única dose para prevenção da doença. BN
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