“Sinceramente, a opinião da ex-presidente Dilma não faz a menor diferença”, disse o prefeito de São Paulo, João Doria, nesta quinta-feira (20), em evento na Prefeitura.
Em entrevista ao americano “The Washington Post”, publicada no mesmo dia, Dilma Rousseff citou Doria como um potencial Donald Trump brasileiro. Ela também incluiu o pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nessa categoria.
Segundo Dilma, é “muito possível” que o Brasil eleja um “outsider” em 2018, assim como os americanos escolheram o empresário em 2016.
“Há alguns anos, diria que é impossível. Agora, acho que é muito possível. Na verdade, posso apontar algumas figuras que se parecem com ele”, afirmou.
O tucano Doria seria um bom candidato a Trump à brasileira, disse Dilma. Não é a primeira a fazer a comparação.
O “Washington Post” o descreve como um “empresário rico que já apresentou a versão de ‘O Aprendiz’ no país”, em referência ao mesmo reality show que Trump apresentou na TV americana.
Em 1988, o hoje prefeito chegou a entrevistar o hoje presidente para a Folha.
“‘Falem mal, mas falem de mim’. Esta é uma frase que está na cartilha de Donald Trump, o mais jovem e audacioso empresário da era Reagan.” Assim Doria começou sua reportagem.
Doria questiona Trump, um empresário que, como ele, já tomava gosto por holofotes: “Em seu livro, o sr. recomenda propaganda. Por que acredita tanto em propaganda?”.
O hoje homem mais poderoso do planeta foi enfático. “Eu não recomendo publicidade propriamente dita, que é paga, mas acredito em promoção. Acho que uma história pequena, bem promovida, é mais efetiva do que uma página inteira de jornal.”
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