A defesa de Lula sempre se baseou na tese de que o ex-presidente era era inocente e de que estava sendo perseguido pela mídia, pelos astros, mas principalmente pelo juiz Sérgio Moro. Depois das recentes delações de Emílio Odebrecht e principalmente Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, ambos amigos pessoais de Lula, o advogado do ex-presidente decidiu abandonar o caso. A Folha de S. Paulo informa que o advogado José Roberto Batochio vai deixar a defesa do ex-presidente. “De acordo com pessoas do círculo íntimo de Batochio, ele enfrenta um dilema ético diante da conduta adotada em décadas de advocacia: por um lado, sempre disse execrar o instituto da delação premiada. Como Palocci já negocia a colaboração com o Ministério Público Federal, ele não teria como permanecer no caso. Permanecer na defesa de Lula traria um outro problema. Como é provável que Palocci, para efetivar a delação, mire seu canhão no peito do ex-presidente, Batochio seria obrigado a confrontá-lo, classificando todas as eventuais declarações do ex-ministro como mentirosas”. Batochio vai deixar de advogar também para Antonio Palocci e Guido Mantega.
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