Pedro Ivo Almeida**Do UOL, em Lima (Peru)
Reformado em 2011, Estádio Nacional de Lima receberá jogo desta terça-feira (15)
Após reencontrar o Mineirão do 7 a 1 na última semana, a seleção brasileira se prepara para pisar em mais um estádio histórico nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Nesta terça-feira (15), o time de Tite encara o Peru no estádio que foi palco da pior tragédia de todos os tempos no futebol mundial.
Em maio de 1964, o Estádio Nacional de Lima viu 312 torcedores morrerem – e outros 500 ficarem feridos – em uma confusão durante o duelo entre Peru e Argentina, em torneio classificatório para os Jogos Olímpicos daquele ano – realizados em Tóquio.
O tumulto começou quando o árbitro uruguaio Ángel Eduardo Pazos anulou o gol de empate da seleção da casa aos 39 minutos do segundo tempo – Argentina vencia por 1 a 0. A decisão irritou um torcedor, que invadiu o campo e tentou agredir o juiz. A polícia entrou em ação e prendeu o invasor. Mas não conseguiu conter as dezenas de pessoas que fizeram o mesmo em seguida e transformaram o gramado em um cenário de guerra.
A confusão cresceu. Os policiais, então, arremessavam bombas de gás lacrimogênio, atiravam balas de borracha e soltava cães na direção das arquibancadas. O tumulto se alastrou e deixou em pânicos os mais de 47 mil presentes – eles corriam para deixar o estádio, mas muitas portas se encontravam trancadas. Foi, então, que a tragédia ganhou proporções ainda maiores.
Sem conseguir fugir da polícia e, ao mesmo tempo, diante de grades de ferro fechadas, as pessoas eram pisoteadas.
Desespero do público presente ao jogo de 1964 tentando fugir da confusão formada
"Ordenei que jogassem algumas bombas. Nunca imaginei consequências tão nefastas", disse, à época, Jorge de Azambuja, comandante da Polícia de Lima no episódio. Sete anos mais tarde, ele fora apontado como culpado pela tragédia. LEIA TUDO AQUI
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